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ARTIGOS, DESTAQUES DO DIA

O tempo de Deus

Precisamos entender que existe o tempo certo para as coisas acontecerem e devemos respeitar o tempo que Deus nos dá. Ele nos coloca, de fato, onde devemos estar.
Você pode estar vivendo momentos difíceis hoje. As estações vão e vem, assim como o sol nasce e se põe, você deve entender que cada fase da vida tem seu valor, cada experiência tem seu preço e sua recompensa.
Ainda que você pense ou esteja com a sensação de que perdeu uma oportunidade, compreenda que Deus não fecha portas porque não gosta de você, mas sim para lhe proteger e direcionar a janelas que lhe oportunizarão mais assertividade na vida.
Reflita como você tem reagido quando suas ações não dão resultado e não acontecem como planejado. Este aprendizado fica em seu ser e você deve torná-lo trampolim para novas abordagens, novos desafios. Esmorecer nunca deve estar na sua mente.
Acredite: a dor e a felicidade estão em suas mãos, o poder de escolha é seu, como você irá reagir é a questão. Não é tarefa simples, nem tampouco fácil, pois é comum, diante das adversidades da vida, olharmos apenas para o que há de ruim, para a perda ou para a derrota.
Compreenda que a fé deve estar sempre ao seu lado. Com serenidade, pode transformar tristeza em alegria.
Neste tempo de reflexão que a Páscoa nos oferece, sejamos coerentes com nosso íntimo e nos permitamos revisitar os porões de nossa alma para encontrar o verdadeiro sentido da vida. Por que estamos aqui?  Por que fazemos o que fazemos? Por que somos seres incapazes de reconhecer o nosso próprio limite? Por que não conseguimos reconhecer nossos próprios erros?
A resposta para essas perguntas está diante de seu coração. A Semana Santa nos convida para uma amplitude de pensamento.
Parece paradoxo dizer que se faz necessário morrer para viver. Assim como uma semente precisa morrer para germinar e frutificar, assim somos nós, seres humanos. Precisamos abater um mau hábito para vivenciar novos ares, é preciso deixar de pensar somente no próprio umbigo para ajudar o próximo.
É preciso parar de ter apenas prazer para nascer o amor.
Não iremos fazer uma sociedade melhor se não renunciarmos ao nosso próprio tempo para ajustarmos as condutas dos nossos líderes.
Se cada um fizer a sua parte, conquistaremos novos ares e bons resultados, sejam eles comunitários, empresariais ou familiares.
Feliz e Santa Páscoa a todos!

Por César Anderle

8 de abril de 2024/0 Comentários/por Kátia Bortolini
https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2024/04/Cesar-Anderle.jpg 670 1080 Kátia Bortolini https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Integracao.png Kátia Bortolini2024-04-08 16:39:012024-04-12 17:33:29O tempo de Deus
ARTIGOS, DESTAQUES DO DIA

O Caminho do Meio

Já se disse que toda virtude é um ápice entre dois vícios; um cume entre dois vales; média entre dois extremos. O respeito, por exemplo, é um bom termo entre a negligência e o medo exagerado. Um aluno diante de um teste: se ele der de ombros e achar que já sabe tudo, estará sendo negligente, e com certeza se dará mal. Mas se ficar petrificado diante do desafio, tremendo de medo de ser reprovado, possivelmente terá o mesmo destino. Encarando o exame com o respeito que a situação pede – o que pressupõe que se preparará com afinco –, com certeza terá maiores chances de sucesso.
Vejamos o caso da humildade: ela é o justo balanço entre a arrogância, de um lado, e a submissão, de outro. Ser humilde não é depreciar-se. Tampouco carecer de autoestima. E nem de longe deixar-se humilhar. A humildade é o ponto “ótimo” entre achar-se “o gás da Coca-Cola” e um “João Ninguém”. Ser humilde é sabermo-nos “filhos da terra”, do humus, donde justamente deriva o termo. Pó somos e ao pó voltaremos. Tudo o que a soberba – esse extremo equivocado – esquece.
A simplicidade é outro bom modelo do que estamos falando. Ser simples é estar equidistante da presunção e da ingenuidade. Aliás, é bom que se saiba: ser simples não significa ser “simplório”. A verdadeira simplicidade não pressupõe a tolice, ou a falta de sabedoria. O homem simples, ao contrário, é aquele que não se envaidece de sua própria inteligência, daquilo que julga saber. Ele reconhece que tudo o que sabe não é nada, diante do outro tanto que ignora. Simplicidade é essa leveza de espírito, a boa meia medida entre um ego esvaziado ou inflado demais.
Me parece que tudo na vida, ao final, pede o equilíbrio. Como se diz: “nem tanto ao céu, nem tanto à terra”. O prazer é um terreno fértil para testar esse princípio. Me digam o caro leitor e a caríssima leitora: não é muito mais fácil abdicar totalmente de comer doces, do que provar o primeiro brigadeiro e parar por aí? Quem nunca fez regime que atire a primeira pedra. E já disse o poeta Fernando Pessoa: é mais fácil abandonar totalmente de um vício do que tentar moderá-lo.
O “caminho do meio” não é uma lógica nova. Buda já o ensinava. Conta a lenda que o mestre, tendo desmaiado de fome após severo jejum, e recuperado a consciência somente após comer uma tigela de mingau, teve uma iluminação: ele percebeu que os extremos – mesmo em causa nobre – nunca são a melhor pedida. A partir daí, passou a pregar aos discípulos as virtudes do meio-termo para o refinamento do espírito.
A essência do meio-termo repousa sobre o equilíbrio, essa difícil arte. Ler é bom; passar os dias lendo é alienação. Sexo é saudável; só pensar em sexo é perversão. Trabalhar para viver é necessário; viver para trabalhar é loucura. E por aí vai.
Como ensinava Aristóteles – outro sábio que apreciava a ideia da justa medida –, a falta e o excesso são os dois grandes vilões da nossa felicidade. Dizia ele, por exemplo, que tanto a prática excessiva de exercícios, quanto seu inverso – a indolência do corpo –, eram prejudiciais (atualíssimo nosso bom filósofo, nestes tempos de “neurose fitness”).
Aristóteles, aliás, nos legou algo fundamental sobre toda essa questão: cada qual deve descobrir qual é o seu “meio-termo” particular. Ele nos ensina que o caminho do meio não é questão de pura matemática, assim como seis é a média aritmética entre dez e dois. É o que o mestre chamava de “meio-termo em relação a nós”. Haverá vezes em que nos inclinaremos mais para o excesso; noutras, para a falta. Cada um bem sabe onde lhe aperta o sapato…
O meio-termo, enfim, está aí para nos lembrar: se a escuridão nos impede de ver, a claridade excessiva nos cega. Nenhuma das situações é boa, pelo simples fato de serem exageros. O caminho do meio mostra que, entre o escuro e o claro, habitam muitas nuances, basta procurá-las. E que cada um saiba alcançar a sua “justa medida”.

Por Rogério Gava

8 de abril de 2024/0 Comentários/por Kátia Bortolini
https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2024/04/Rogerio-Gava.jpg 670 1080 Kátia Bortolini https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Integracao.png Kátia Bortolini2024-04-08 16:36:412024-04-12 17:32:55O Caminho do Meio
ARTIGOS, DESTAQUES DO DIA, GERAL

À respeito dos decretos de aumento de ICMS no RS:

O governador sempre tentará dividir os grupos, para ter menos pressão e enganar a opinião pública. Esta é uma tática de guerra para enfraquecer as classes.

Nós da Federasul estamos firmes na proposição de contrariedade do aumento de impostos. A classe produtiva e o povo gaúcho (+ 11 milhões de habitantes) não aceitam de maneira nenhuma aumento de carga tributária. O estado do RS está com  arrecadação em torno de 24 % a maior nos dois primeiros meses de 2024 em comparação com 2023.

O povo gaúcho somente de IPVA já recolheu aos cofres públicos mais de 3,06 Bilhões em 2024, que corresponde a 3 % a mais que o mesmo período do ano de 2023. Neste imposto a previsão de arrecadação para 2024 é de 5,1 bilhões.

O governo tem de fazer o SEU tema de casa, que é o ajuste das despesas administrativas.

Incoerência total, por parte do Eduardo Leite que não se sensibiliza com:

1)  Possível fome do gaúcho

2) Saída de investidores

3) Fuga de empresas para outros estados

4) Saída de talentos intelectuais

5) Migração de futuros empreendedores do nosso RS para outros estados e/ou países.

A palavra virtude (que consta em nosso hino riograndense) com certeza está longe do Palácio Piratini !

Legenda: César Anderle Vice Presidente regional Serra da Federasul, Elton Gialdi Lideranças da CIC de Guaporé e Serafina Corrêa, Comandante Nadine Vereadora de POA, Adelgides Stefenon Vice Presidente regional Serra da Federasul. (esquerda para direita)

 

César Anderle

Vice Presidente regional Serra da Federasul

Foto: Divulgação

3 de abril de 2024/0 Comentários/por Kátia Bortolini
https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2024/04/WhatsApp-Image-2024-04-03-at-17.48.17-1.jpg 670 1080 Kátia Bortolini https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Integracao.png Kátia Bortolini2024-04-03 18:07:152024-04-03 18:07:15À respeito dos decretos de aumento de ICMS no RS:
ARTIGOS, DESTAQUES DO DIA

O fortalecimento humano na tragédia

O enfrentamento das forças da natureza sempre foi uma questão desafiadora para o ser humano, desde os primórdios da civilização. A intensidade deste desafio o liga às origens das religiões. As diferentes formas de compreender a natureza, de buscar proteção e a fé, aproximaram o homem do transcendente. E ainda hoje, nos momentos em que a natureza castiga a humanidade, os homens se voltam para seu Deus, em busca de forças e esperança, que chegam, de fato, por mãos empáticas e solidárias, que ajudam e confortam.

Diante das enchentes nas últimas semanas, no Rio Grande do Sul, e os desastres que decorreram delas, ninguém pôde ficar indiferente. Vimos emergir uma onda de solidariedade, que muito tem ajudado as pessoas que perderam suas casas, seus pertences, seus locais de trabalho, espaços de suas comunidades, sua história, quando não, pessoas da família, amigos e conhecidos. Uma comoção geral fez com que cidades vizinhas, municípios de todo o país, organismos governamentais e não governamentais se mobilizassem para o socorro das famílias atingidas.

Além de casas e objetos, é possível dizer que as águas dos rios levaram também a saúde mental, a confiança e a segurança das pessoas.

Reações emocionais intensas e emoções negativas foram as respostas normais para um evento anormal e inesperado na vida de tantos. Inundados pelo medo e pelo desespero, assolados pelo desânimo e impotência, aqueles que perderam tudo estão tendo que lutar. Reinventar-se e buscar dentro de si habilidades que lhes permitam enfrentar essa adversidade que a vida trouxe. Para os que assistem de fora, a impotência vem sendo transformada em união, campanhas de arrecadação de alimentos, roupas e oferecimento de ajuda prática para salvamento, limpeza e reorganização das cidades. Os que são vítimas diretas da tragédia precisam superar o choque e acreditar em suas capacidades de construir um futuro possível.

Mas como pode, o ser humano, superar tragédias? Qual a forma ou a fórmula para enfrentar adversidades?

As adversidades fazem parte da vida e, em momentos difíceis, é fundamental contar com estratégias psicológicas de enfrentamento para lidar com os desafios de forma eficaz.

Nossos mecanismos de enfrentamento estão ligados a três principais necessidades básicas: a necessidade de vínculo, relacionada à confiança e segurança psicológica; a necessidade de competência, que envolve ações concretas de resolução de problemas e a necessidade de autonomia, ligada ao senso de liberdade de escolhas. Em situações de adversidade, portanto, é fundamental potencializar habilidades que garantam a satisfação dessas necessidades, pois isso é o que nos permite a superação. O que envolve fazer isso?

Em primeiro lugar, para garantir nossas necessidades de vínculo, é fundamental buscar e aceitar apoio. O apoio de outros num momento difícil leva as pessoas a não sentirem solidão e desamparo, mas sim, sentirem-se reconhecidas e cuidadas; eleva a autoconfiança e favorece a expressão e regulação das emoções. Isolar-se, responsabilizar os outros ou buscar culpados são estratégias que fragilizam os vínculos e comprometem o enfrentamento.

Em segundo lugar, no âmbito da competência, é fundamental colocar em marcha a capacidade de planejar, analisar logicamente a realidade, determinar-se, persistir, esforçar-se, buscar informações. Por outro lado, pessoas que cultivam pensamentos de desesperança e pessimismo, excesso de culpa, duvidam de si mesmas, e até negam a realidade, têm muito mais dificuldade de enfrentar de maneira eficaz as adversidades.

Em terceiro lugar, lançar mão de habilidades de cooperar, negociar, comunicar preferências, dimensionar adequadamente os problemas, aceitar a realidade, permite que as pessoas se sintam fortes e autônomas, capazes de escolher e serem respeitadas em suas escolhas, levando a resolução dos problemas. Contudo, ampliar os problemas, opor-se sistematicamente, submeter-se ou atacar como forma de defesa, são reações que não favorecem o enfrentamento da realidade.

A resiliência, como uma ampla capacidade de adaptar-se a novos cenários, também é crucial diante de grandes desafios. Trata-se de manter a flexibilidade e sustentar a fé e a esperança, bem como a confiança na vida, no mundo e em si mesmo.

A ajuda mútua, a eficiência do poder público e a solidariedade social podem favorecer o uso de mecanismos de enfrentamento saudáveis em situações de emergências e desastres, mas isso também vai depender de alguns fatores individuais, como a personalidade de cada um e sua maneira de responder ao estresse, sua história de vida – traumas e superações –  e a gravidade de sua situação atual.

Considerando isso, não é incomum que algumas pessoas desenvolvam traumas psicológicos, vivenciando quadros de ansiedade, depressão, transtorno de estresse pós-traumático, insônia, entre outros.

Nessas circunstâncias, o fornecimento de suporte psicológico adequado para enfrentar esses desafios se faz necessário.

Algumas estratégias importantes incluem o fornecimento de primeiros socorros psicológicos imediatos, o acesso a aconselhamento individual e grupos de apoio, intervenções comunitárias para fortalecer a resiliência, suporte familiar e o estabelecimento de mecanismos de coordenação intersetorial nos serviços de saúde e assistência social. Para isso o investimento adequado e o planejamento de ações pelo poder público são fundamentais para garantir o bem-estar psicológico e emocional das pessoas afetadas por esses eventos.

Cada pessoa é única e pode responder de maneira diferente às adversidades. Algumas estratégias podem funcionar melhor para algumas pessoas do que para outras. Se você estiver enfrentando dificuldades significativas para lidar com adversidades, é recomendado buscar o apoio de um profissional de saúde mental. Os psicólogos são profissionais preparados para fornecer orientação personalizada e ajudá-lo a desenvolver estratégias específicas para enfrentar desafios.

Um psicólogo poderá auxiliar o indivíduo a gerenciar e se adaptar ao estresse, aos desafios e às situações adversas, modificando pensamentos, emoções e ações que as pessoas empregam, a fim de que possam lidar eficazmente com circunstâncias difíceis, que parecem exceder sua capacidade. O objetivo do atendimento psicológico com escuta qualificada é: 1) aliviar o impacto físico e psicológico do estresse nos corpos e mentes, 2) promover a regulação emocional permitindo o processamento dos sentimentos, a expressão saudável dos mesmos e a recuperação do equilíbrio emocional; 3) desenvolver habilidades de resolução de problemas favorecendo que os indivíduos analisem situações difíceis, identifiquem possíveis caminhos de resolução e tomem as medidas apropriadas.

O enfrentamento eficaz promove a saúde mental e o bem-estar, ajuda a prevenir o desenvolvimento de distúrbios de saúde mental, além de reduzir o risco de comportamentos prejudiciais, como abuso de substâncias.

Em resumo, o enfrentamemento saudável de adversidades é essencial para que os indivíduos possam navegar pelos altos e baixos da vida, manter o seu bem-estar psicológico e gerir eficazmente os desafios que surgem no seu caminho. Ele capacita os indivíduos a se adaptarem, crescerem e prosperarem diante das adversidades.

Estas considerações podem ser esclarecedoras e auxiliar a todos, e podem ser de muito valor para as pessoas que, neste momento, passam por situação de tragédia e para as que precisam organizar ações nesse contexto. Todo o auxílio é importante e necessário, desde o concreto, o afetivo, até as preces, mobilizando a esperança na vida, através da presença solidária do nosso semelhante.

23 de outubro de 2023/0 Comentários/por Kátia Bortolini
https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2023/10/pexels-shvets-production-7176325.jpg 537 867 Kátia Bortolini https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Integracao.png Kátia Bortolini2023-10-23 17:43:122023-10-23 17:43:12O fortalecimento humano na tragédia
ARTIGOS, DESTAQUES DO DIA

Medos

Por Rogério Gava

Das muitas tiradas geniais do saudoso Mário Quintana, guardo uma em especial: dizia o poeta que “o mal dos aviões é que não se pode descer a toda hora para comprar laranjas”. Eu, que prefiro guardar distância de aeroportos e sou cliente assíduo das tendas de beira de estrada, assino embaixo. Tá certo, ver a paisagem lá de cima até que é legal. Mas melhor ficar por aqui embaixo mesmo. Qualquer problema, pelo menos dá para correr.

Essa história de avião me faz pensar nos tantos medos que nos afligem. Hoje, nossos medos se potencializaram. Como comenta o filósofo Luc Ferry, temos medo de tudo. Do efeito estufa, do sal, da velhice, dos hormônios do frango, dos agrotóxicos, do colesterol, da infecção hospitalar, de perder o emprego, do açúcar, do câncer, do microondas, dos raios solares, dos transgênicos. Como Ferry vive na França, teríamos que acrescentar à lista medos mais brasileiros: de assalto, de sequestro relâmpago, de bala perdida, da violência no trânsito. Enfim, a lista é grande.

É claro que existem medos bem reais. Medo de um acidente ou de uma cirurgia. Mas – nos ensina o filósofo – há outros medos a nos importunar. Por exemplo, o medo social. O medo do olhar do outro, da reprovação alheia. Isso explica o pavor quase universal de falar em público, que tanto assombra os universitários na época das bancas. Há também os medos psíquicos, as fobias. Medo de ficar trancado no elevador, de multidões, de aranha. Existem ainda as obsessões, espécie de medo mais neurótico: fechei o gás? A porta da garagem?  Melhor voltar para conferir…

O maior medo de todos, contudo, é o medo da morte. Aliás, a grande maioria de nossos medos nada mais é do que o medo da morte disfarçado. Dissimulado. A morte é o nosso medo dominante, que dá vida a quase todos os outros. Tememos pela nossa própria morte. Tememos, muito mais, pela morte daqueles que amamos. O terror de nunca mais vermos quem mais queremos. É por isso que as religiões fazem tanto sucesso. Elas nos aliviam do pânico da morte, dizendo que depois há algo mais. Que vamos todos, algum dia, nos reencontrar. Nesse sentido, a religião dá de dez a zero na morte.

Eu sei, o medo tem seu lado bom, quando serve como mecanismo de defesa. É o que ocorre quando evitamos uma rua escura e erma à noite. Sobrevivemos como espécie, também, graças ao medo inteligente. O medo que nos protege e nos afasta dos perigos. E nada mais perigoso do que não ter medo algum. O problema, contudo, é quando o medo nos paralisa. Nos parasita. E aí passamos a ter medo de tudo. Da mudança. Do futuro. De tentar. Do que os outros vão falar. Então, aprisionados pelo medo, deixamos de viver.

Se vencer totalmente o medo é impossível, sucumbir a ele é covardia. Encarar nossos medos de frente, pesá-los e não nos deixar enganar por eles. Saber diferenciar o que é medo real e o que é produto das nossas limitações e imperfeições. O que é desculpa para continuarmos na segurança ilusória da acomodação. Tarefa difícil, bem sei. Mas, sem risco, nada se faz. Nada se alcança. E, afinal, como bem ensinou Guimarães Rosa, viver é negócio muito perigoso, e o que a vida quer da gente é coragem.

Do livro “FELICIDADE”.

23 de outubro de 2023/0 Comentários/por Kátia Bortolini
https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2023/10/pexels-pixabay-247314.jpg 634 1022 Kátia Bortolini https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Integracao.png Kátia Bortolini2023-10-23 17:33:172023-10-23 17:46:26Medos
ARTIGOS

Somos felizes?

Por César Anderle

A cada dia, Deus concede a cada um de nós uma nova oportunidade de viver, e assim realizar sonhos e projetos, sejam eles já desenhados ou a desenhar. Nos permite crescer, mudar e aperfeiçoar-nos, estender a mão aos irmãos, dividir e compartilhar os momentos, dar amor e sorrir a todas as pessoas ao nosso redor, para iluminar o caminho de alguém, viajar, conhecer novos lugares, estudar, adquirir sabedoria e alcançar graças, conviver e aprender com os demais. Ele nos permite este livre arbítrio. Podemos pensar, planejar, traçar alternativas e, por fim, tomar as decisões.

Às vezes me questiono quais são os segredos da felicidade. Paro e reflito em três alternativas:

Positivismo –  Ser a fonte do que preciso. Ser positivo nos ajuda a enxergar o mundo ao nosso redor de uma forma mais serena, enxergar itens e possibilidades boas para mim e para a comunidade em que estou inserido.

Gratidão – Agradecer a cada instante. Temos tudo na vida: água, ar, alimento, mobilidade, fontes de calor, a gratidão está dentro de cada um, eu posso ser grato, ao amanhecer, ao ver o sol me dando a oportunidade de ter um dia claro e radiante, ao mesmo tempo de que posso ter um amanhecer chuvoso, com a dádiva da água, elemento de fundamental importância para a vida do ser humano e do planeta. Poderia aqui listar inúmeros itens como forma de ter gratidão pelo dia que se desenrola a cada minuto.

Deus – Eu não estou sozinho. Não somos seres individuais, somos feitos para conviver com pessoas. Vivemos num mundo onde um depende do outro, não estamos aqui só por nós, alguém está ao nosso lado, a família, a comunidade, a sociedade como um todo. Deus está presente em cada pessoa que convive conosco e em qualquer parte deste mundo. O meu Deus se conecta com o Deus que vive em você.

A felicidade está dentro de nós. Podemos ser felizes ou não, dependendo de nossas decisões. Para quem é católico, a felicidade também se faz no momento sublime da comunhão, o encontro com Cristo na hóstia sagrada. Fé que nos aproxima de Deus.

Precisamos também refletir sobre o que mais nos causa danos. Se são nossas próprias razões, nossas ideias e o querer resolver as coisas à nossa maneira. Sendo assim, tomaremos decisões infundadas talvez, nos sujeitando a nos distanciar da felicidade, pois estaremos fechados para a nossa própria visão de mundo. Quanto mais abertos formos para o diálogo, para a leitura, mais conseguiremos buscar uma reflexão ampla e de abertura para o novo.

Não devemos nunca abrir mão de nossos ideais, jamais. Mas a felicidade deve ser buscada a cada instante. Respeito, disciplina, amor ao outro, empatia, tudo isso nos dará alicerce para entender um novo formato de vida que é capaz de encontrar a paz de espírito e a felicidade plena.

Abraço fraterno!

5 de outubro de 2023/0 Comentários/por Kátia Bortolini
https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2023/10/Foto-capa-Anderle.png 331 533 Kátia Bortolini https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Integracao.png Kátia Bortolini2023-10-05 16:59:162023-10-05 17:04:48Somos felizes?
ARTIGOS, DESTAQUES DO DIA

Tempos difíceis: reflexão de César Anderle

 

Por César Anderle

 

Quando estamos em apuros, clamamos por Deus. Muitas vezes, nem mesmo por estar em situação de risco, simplesmente exaltamos em vão o nome Dele.
Depois de recebermos de Deus o que precisamos, somos tentados a dispensá-lo. Não queremos mais que ele nos corrija e nos dirija. Naturalmente, somos mais receptivos a Deus quando estamos vulneráveis.
Pense comigo: o ser humano deixado por conta própria tende a seguir seu próprio caminho. Sendo assim, ele tem gratidão pela fartura, autossuficiência e se orgulha, depois vem o afastamento da religião, de Deus, decide por viver uma vida sem consciência da presença divina e acredita muito que não existe o juízo final.
Com o passar dos anos, com a experiência e o desgaste natural do corpo, a “ficha” vai caindo e este ser se sente enfraquecido e inicia um novo pensar na espiritualidade, na busca pelo divino. Então, talvez surja o arrependimento pelo passado.
As nossas atitudes são observadas por Deus e pelas pessoas ao seu redor. Falsa ideia de que mesmo distante de nossos parentes, amigos, conhecidos, não estamos sendo vigiados, a nossa alma nos observa. O que podemos entregar quando ela nos questionar?
Sabemos que a fé é individual, ninguém será salvo porque eu ou você queremos que sejamos, independente se cremos ou não.
Acreditamos na fé que, muitas vezes, deve ter sido inserida, plantada e regada por nossos pais, em nossa infância e que, com o passar do tempo, foi esquecida num passado remoto do nosso viver. Mas, talvez, a fé tenha ressurgido no presente, numa viagem, em um retiro espiritual, em uma vivência individual. A fé desperta quando menos percebemos.
Nunca é tarde para se encontrar com o nosso próprio eu, Deus presente em ti, em mim; e traçar um novo caminho de liberdade de espírito.
A salvação não depende somente de nós, com certeza, mas podemos buscá-la, semeando e despertando também em outras pessoas.
O tempo em que estamos vivendo, neste mês importante para os cristãos, pode nos proporcionar essa abertura de espiritualidade. Quem sabe, nossos atos de solidariedade, de amor e de carinho, nos ajudem a interceder por quem necessita, não somente de objetos, mas de calor humano e palavras de conforto. O menino Jesus está por nascer novamente!

15 de dezembro de 2022/0 Comentários/por Kátia Bortolini
https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2022/12/oracao.png 466 724 Kátia Bortolini https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Integracao.png Kátia Bortolini2022-12-15 15:36:482022-12-15 15:36:48Tempos difíceis: reflexão de César Anderle
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DESTAQUES DO DIA

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