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DESTAQUES DO DIA, ESPORTES

Clube Esportivo reforça investimentos na formação de atletas

Para fortalecer categorias de base, Alviazul aposta em projetos de lei de incentivo ao esporte, melhorias no processo de gestão e oferta de ampla infraestrutura

 

O investimento nas categorias de base tem sido uma das principais bandeiras levantadas pelo Clube Esportivo Bento Gonçalves. Ao longo de seus mais de 102 anos de história, a revelação de promissores jogadores de futebol acompanha um objetivo traçado pela instituição – e potencializado pela atual gestão: despender esforços para fortalecer seu projeto de formação de atletas.

Esse compromisso, assumido pela direção no início do ano, tem sido um balizador do trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Alviazul. “É notório, para todos que acompanham o trabalho realizado nos últimos anos, as melhorias e o constante investimento do clube na formação de base. Apesar dos desafios financeiros, atualmente estamos habilitados a receber recursos através de projetos de lei, o que possibilita tratar os futuros atletas de forma mais adequada e assertiva, fornecendo material esportivo e alimentação – itens fundamentais para o desempenho de atletas de alto rendimento”, destaca o presidente do clube, Leocir Glowacki.

Além da estrutura do complexo esportivo Montanha dos Vinhedos compartilhada com o elenco profissional (que disputa a Divisão de Acesso do Gauchão 2022, Série A2), os jovens jogadores contam com vestiários recém reformados e a recente implementação de um software de gestão (Beatscode), que permite um melhor gerenciamento das atividades da base, ao proporcionar um planejamento a longo prazo, deixando um legado para as próximas gestões.

“A metodologia de trabalho está sendo desenvolvida dentro das melhores práticas de gestão e eficiência, otimizando os resultados estabelecidos. Para tanto, motivação, valorização e qualificação dos profissionais que irão desenvolver os fundamentos no dia a dia de trabalho são fatores preponderantes para nos consolidarmos, ainda mais, como um clube formador”, acrescenta Glowacki.

Exemplo disso, é o vigente projeto ‘Categoria Sub-19 do Clube Esportivo Bento Gonçalves’, financiado pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, por meio da Secretaria do Esporte e Lazer e do Pró-Esporte RS, que objetiva ampliar as categorias de base do clube por meio da formação e desenvolvimento de atletas da categoria abaixo dos 19 anos, através de estrutura adequada, aulas teóricas, treinos, atividades de preparo físico, amistosos com times da região e fornecimento de subsídios para o desenvolvimento da excelência esportiva para que os atletas estejam aptos  e possam disputar competições, cultivando valores como hábitos saudáveis, companheirismo, liderança, autoconfiança e comprometimento. Esse projeto vigora ao longo do corrente ano e tem o valor total na casa dos R$ 279 mil.

“Buscamos trabalhar de maneira coerente com a realidade do clube. Primeiro, é preciso estruturar internamente, que é o que estamos fazendo a partir desse projeto e de outras ações. Em seguida, a partir dessa estruturação sólida, damos os próximos passos, como a participação em mais competições, que são de extrema importância, mas ao passo que nosso planejamento possa acompanhar as expectativas desejadas, tanto pelos atletas quanto pela torcida”, explica o Diretor das Categorias de Base do clube, Lívio Rizzi – que compartilha a coordenação com o Gerente Administrativo Mateus Mezzaroba.

Além da categoria Sub-19, o Esportivo conta com o Sub-15 e o Sub-17. O clube também tem a Escola de Futebol, dividida em ‘Iniciação’, para crianças de 5 a 10 anos (com treinos na AABB, no bairro Santa Rita), e ‘Avançada’, para jovens dos 9 aos 16 anos (com treinamentos no antigo Estádio da Montanha, na Av. Osvaldo Aranha).

Mais informações sobre dias dos treinos e inscrições podem ser obtidas no site www.clubeesportivo.com.br/escoladefutebol ou no telefone (54) 3452-2165.

 

Foto: Divulgação

22 de junho de 2022/0 Comentários/por Kátia Bortolini
https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2022/06/Estadio-Montanha-dos-Vinhedos-Credito-Alessandro-Manzoni.jpg 880 1417 Kátia Bortolini https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Integracao.png Kátia Bortolini2022-06-22 16:34:382022-06-22 16:34:38Clube Esportivo reforça investimentos na formação de atletas
DESTAQUES DO DIA, EVENTOS

Primeiro lote de venda do Fimma Inova 2022 encerra no sábado, dia 25

Profissionais da cadeia moveleira podem garantir sua participação com preço diferenciado

 

No próximo sábado, 25 de junho, encerra o primeiro lote para inscrições com preço promocional no Fimma Inova 2022. Realizado pela Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs), o programa já orientou mais de 200 profissionais da cadeia moveleira na caminhada rumo à cultura da inovação.

Com início previsto para julho, o Fimma Inova será dividido em dois módulos. O primeiro utiliza o Innovation Business Game (IBG), metodologia que propõe importantes atividades interativas. Essa etapa tem orientação dos consultores Marcus Rossoni e Carlos Klein, da Sociedade Brasileira de Desenvolvimento Comportamental (SBDC).

Na sequência, os participantes integram o Roadmap de Transformação Cultural e Digital, coordenado pelo CTO e vice-presidente Executivo das Empresas Randon, Daniel M. Ely. As reuniões on-line têm o propósito de auxiliar os profissionais a planejarem uma jornada de mudanças capaz de beneficiar suas carreiras e as organizações onde trabalham.

INSCRIÇÕES

As inscrições podem ser feitas pelo site fimma.com.br/inova2022 com descontos de até 15%. Pequenas e médias empresas gaúchas podem usufruir da parceria com o Sebrae RS, que concede um apoio de 30% no valor da inscrição. Mais informações pelo e-mail inova@fimma.com.br e WhatsApp (54) 2102.6801.

O Fimma Inova 2022 conta com apoio do Sebrae RS, do Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis) e da Associação dos Fornecedores para as Indústrias de Madeira e Móveis (Affemaq).

 

 

22 de junho de 2022/0 Comentários/por Kátia Bortolini
https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2022/06/FIMMA_INOVA22_encerramento_1lote.jpg 670 1080 Kátia Bortolini https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Integracao.png Kátia Bortolini2022-06-22 16:28:582022-06-22 16:28:58Primeiro lote de venda do Fimma Inova 2022 encerra no sábado, dia 25
Cultura e Entretenimento, DESTAQUES DO DIA

Sesc Bento realiza a primeira edição do “Sarau das Cinco”

Evento propõe bate-papo com o escritor Daniel Galera, compartilhamento de produções literárias e música ao vivo

 

O Sesc Bento Gonçalves realizará no dia 02 de julho, às 17h, a primeira edição do evento “Sarau das Cinco”, com o tema “Do Fantástico ao Distópico”. A atividade, que é gratuita, acontece na sede da Unidade (Rua Barão do Rio Branco, 395) e terá um bate-papo com o escritor e tradutor Daniel Galera. Além disso, os participantes apreciarão música ao vivo com o músico e escritor Pippo Pezzini, e poderão fazer leituras de textos, poemas e outras intervenções literárias em microfone aberto.

De um lado, a transcendência do real; do outro, o oposto de uma utopia. A proposta do Sarau é visitar estes dois universos, do Fantástico e do Distópico, através das palavras. Daniel Galera é autor de diversos livros e tradutor literário de obras em língua inglesa. Autor do volume de novelas “O deus das avencas” (2021) e de cinco romances, entre eles “Barba ensopada de sangue” (2012, vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura), “Meia-noite e vinte” (2016) e “Mãos de Cavalo” (2006). Pippo Pezzini é músico, escritor e psicólogo e apresentará show acústico no evento, com músicas que embalam os mistérios do tema desta primeira edição. O Sesc busca incentivar as produções artísticas e a troca de experiências através de ações culturais por todo o Estado, envolvendo teatro, música, artes plásticas, literatura e cinema. O evento é aberto ao público em geral e mais informações estão disponíveis através dos contatos (54) 3452-6704 e WhatsApp (54) 3452-6103.

Foto: Divulgação

22 de junho de 2022/0 Comentários/por Kátia Bortolini
https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2022/06/Daniel-Galera.jpg 270 434 Kátia Bortolini https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Integracao.png Kátia Bortolini2022-06-22 16:09:272022-06-22 16:09:27Sesc Bento realiza a primeira edição do “Sarau das Cinco”
ARTIGOS, Cultura e Entretenimento, DESTAQUES DO DIA

Memória: Paco, o bandoleiro da Serra Gaúcha

 

“Paco, o Bandoleiro da Serra Gaúcha” é texto do Capítulo “Memórias de Sangue”, do livro “Janelas da Memória”, de autoria do jornalista, escritor, pesquisador e historiador Ademir Antonio Bacca, resultado de uma criteriosa pesquisa sobre o que se publicou sobre a história de Francisco Sanchez Filho.

 

A história de Francisco Sanchez Filho foi um mosaico que começou a se formar em minha cabeça ainda na juventude, quando passei a me interessar pela história da cidade e por seus personagens, históricos ou folclóricos. Paco era um deles. Gostava de ouvir histórias a seu respeito e a indecisão entre se tratar de um bandido ou de um herói aguçava ainda mais minha curiosidade.

Temor, ódio ou respeito: qualquer dos três sentimentos se encaixa na história de Francisco Sanches Filho. As opiniões recolhidas sobre ele variavam de acordo com o lado político de quem as emitia: bandoleiro para uns, justiceiro para outros. A verdade, eu descobriria com o tempo, é que a história foi escrita com sangue, violência e traição. Sangue das vítimas do filho de imigrantes espanhóis que se radicaram nas margens do Rio Burati no final do século XIX e a traição dos políticos que o abandonaram à própria sorte quando seus serviços escusos não lhes interessavam mais.

Mas afinal, quem foi Paco? Qual de tantos que o imaginário popular legou para a história da nossa região é o que mais se aproxima da verdade? Herói ou bandido? Defensor dos pobres ou um mercenário a serviço do crime sob a complacência das autoridades?

 

Quem foi Paco?

Um dos grandes protagonistas da serra gaúcha no século passado, Paco não entrou na história pelas melhores páginas e embora até tenha sido chamado de “herói dos pobres”, não passou de um daqueles personagens que os historiadores chamam de “bandidos sociais”. Queiram ou não os seus defensores, Paco atuou como bandoleiro entre 1912 e 1930, fazendo o jogo sujo dos políticos aliados de Borges de Medeiros, presidente do Estado do Rio Grande do Sul. Assim, em poucas palavras, daria para acomodar a história de Francisco Sanchez Filho, o bandoleiro Paco, na estante de livros policiais de qualquer biblioteca; mas a história exige um mergulho mais profundo para se decifrar um pouco da atribulada vida do homem que espalhou terror nas barrancas do Rio das Antas e na região.

Nas reportagens, artigos, ensaios e livros que foram escritos sobre sua trajetória percebe-se a clara divisão de opiniões dos autores. Alguns o veem como o “Robin Hood da Serra”, numa equivocada comparação com o mítico fora-da-lei inglesa que roubava da nobreza para dar aos pobres, enquanto outros afirmam que Paco roubava para si, dividindo o butim apenas com seus comparsas de assalto.

Violento, bom de briga, rápido no gatilho e no manuseio de facas, fez desses atributos instrumentos para se fazer respeitado e temido, espalhando mais temor do que admiração por onde passasse. A ele foram atribuídas mais de 150 mortes, centenas de agressões, roubos e assaltos e outras tantas ações em favor de seus chefes políticos ou de quem o contratasse para uma empreitada. Apenas o número de mortes parece ser exagerado.

Galanteador, raptar e estuprar mulheres foram práticas que ele exercitou com frequência, chegando a ser tratado como um “Dom Juan Colonial” pelos jornais da Capital. Teve três esposas e incontáveis companheiras. Com a primeira, Maria Facchin, com quem se casou no dia 30/01/1911, teve dez filhos. Com Maria Frattini, que tinha apenas 15 anos quando foi seduzida pelo bandoleiro, teve outros três. A terceira, identificada apenas como Tereza, teria lhe dado outros três filhos, cujo paradeiro é até hoje desconhecido. Mas reza a lenda que ele teria outros espalhados pela região.

 

O início

Não era comum a presença de famílias espanholas em meio aos núcleos de imigração italiana no final do século XIX quando os imigrantes Francisco e Antônia se instalaram no interior da Colônia Dona Isabel, na Linha Brasil, Quinta Seção da margem esquerda do Rio das Antas. Traziam consigo as filhas Maria e Dolores, mas Antonia estava grávida quando chegou ao Brasil. Logo atraíram a curiosidade das famílias italianas, que perceberam que seus vizinhos eram diferentes não apenas nos costumes e no falar. Isso não os intrigava, gostavam deles. Na verdade, Francisco Sanches Collados e Antônia Pilar Buenazella Foan divergiam dos demais moradores ali estabelecidos por se vestirem bem e pelo nível de educação que demostravam ter, muito superior aos seus vizinhos, quase todos analfabetos. Francisco era alfabetizado e ocupou postos de Fabriqueiro e Inspetor de Quarteirão na comunidade. O casal sempre foi benquisto pelos vizinhos, embora tenham sido eclipsados da história nos anos seguintes graças à fama do filho Francisco.

Francisco Sanches Filho nasceu no dia 29 de maio de 1889 (mais tarde nasceria Ramon, o último filho do casal) e viveu na companhia dos pais até os 20 anos, quando mudou para Nova Pompeia, em companhia de uma das irmãs e o cunhado. Além do espanhol, falava fluentemente italiano e português.

Era um homem violento, bom de briga, rápido e preciso no gatilho e também no manuseio de facas. Apesar da baixa estatura, era um homem forte, difícil de ser vencido numa briga a socos. Isso fez dele um homem temido por todos, fato que alguns preferiam enxergar como respeito, mas que na realidade era medo. Por outro lado, exercia certo fascínio com as mulheres, o que lhe proporcionou uma vida sentimental muito agitada. Exímio jogador, costumava ganhar dinheiro dos colonos explorando suas habilidades no jogo da “tampinha” ou no carteado.

Trabalhou como balseiro e por mais de duas décadas atuou como “fósforo” (como na época eram conhecidos os atuais cabos eleitorais) do grupo que apoiava o Presidente da Província Borges de Medeiros, fazendo o serviço sujo, dando segurança e angariando votos nas eleições para os candidatos chimangos. A proteção das autoridades acabou lhe abrindo as portas para a vida de agressões, assaltos e assassinatos que passou a praticar. Mais tarde, sem o apoio das autoridades, caçado pela própria polícia que o protegera, tornou-se o bandoleiro implacável que espalhou um rastro de terror e mortes pela região.

A sorte de Paco seria selada no dia 14 de dezembro de 1923, oito anos antes da sua morte, quando Borges de Medeiros e Joaquim Francisco de Assis Brasil, líder dos Maragatos, assinaram o “Pacto de Pedras Altas”, encerrando a Revolução de 1923. Após o fim da guerra, com chimangos e maragatos unidos, cada lado foi abandonando seus incômodos “fósforos” à própria sorte, obrigando-os a fugirem da perseguição das autoridades que antes os protegiam.

 

O “Fósforo”

Cabos eleitorais nos dias atuais ainda têm grande influência em período de eleições. Aqueles que têm boas relações e controlam bairros ou comunidades têm mercado de trabalho e são muito bem pagos durante o período eleitoral. É uma prática antiga e, salvo em algumas regiões do país, os “fósforos” de hoje mudaram a maneira de persuadir os eleitores a votarem nos candidatos para quem trabalham.

Paco foi um dos cabos eleitorais mais disputados da região durante o primeiro quarto do século XX e sua escolha nunca recaiu sobre a influência que ele tinha sobre o eleitorado e sim, pelo medo que ele impunha a eles na hora de se apresentarem para votar. Eleitores que ele mesmo ia buscar em casa e conduzia à urna de votação sob ameaças de morte se preciso fosse. Sua área de atuação abrangia Bento Gonçalves, onde contava com a proteção dos intendentes Antônio Joaquim Marques de Carvalho, Olinto de Fagundes de Oliveira Freitas e João Batista Pianca; e Alfredo Chaves, onde era protegido do intendente Achiles Taurino de Resende e do Interventor Cesar Pestana, além de importantes comerciantes.

Numa época em que o voto não era secreto, Paco garantia, com o uso da violência, os votos necessários para que o Partido Republicano Rio-grandense, de Borges de Medeiros, elegesse seus candidatos com tranquilidade.
Jornais da capital da época registram que na eleição de 1929, Paco e outros “fósforos” foram deslocados de Alfredo Chaves para Garibaldi a fim de evitar que Armando Peterlongo, candidato do Partido Libertador, vencesse as eleições. Considerado invencível, Peterlongo foi derrotado por Manoel Coelho Parreira graças ao terror que Paco e seu grupo espalharam entre os eleitores da cidade.

Mas com a assinatura do Tratado de Pedras Altas, as autoridades retiraram a proteção que davam aos seus cabos eleitorais, abandonando-os à própria sorte, o que levou a maioria a enveredar de vez para o caminho do crime. Paco faria sua última campanha política cooptando votos para Getúlio Vargas que concorria à presidência em 1930.
Mas o primeiro de março daquele ano seria não só o seu último dia de “fósforo”, mas o dia em que o bandoleiro veria sua vida se transformar no inferno de fugas e perseguições que o levariam à morte poucos meses depois. O fim começaria por Nova Pompeia.

 

A sociedade com o delegado

Octacílio Vaz era delegado de polícia de Alfredo Chaves e também Subintendente, mas isso não impediu que ele e Paco organizassem uma poderosa quadrilha de assaltantes, que praticou inúmeros roubos na região. Protegido pela polícia, Paco roubou a casa comercial de Sylvio Giordani, na Estrada Buarque de Macedo. Depois fez aquele que foi o maior assalto da sua carreira de crimes, roubando a vultosa importância de 30 contos de réis em mercadorias da Loja Feres Miguel e Irmão, em Bento Gonçalves.

Entretanto, na divisão do roubo, o delegado Octacilio resolveu guardar para si a melhor parte da mercadoria, não entregando a Paco o que lhe cabia, o que fez com que a sociedade entre eles chegasse ao fim: Octacílio continuava autoridade, mas Paco era só um bandido que ele tinha que prender ou, de preferência, matar.

Paco sabia disso e passou a se esconder na região, pouco aparecendo na sua casa na Quinta Magra. Preferia as cavernas da região, que ele conhecia tão bem, e porque sabia que eram poucos aqueles que tinham coragem para enfrentá-lo no meio do mato.

Pressionado pelas autoridades da capital que exigiam a prisão de Paco, Octacílio foi informado de que ele estaria em Monte Bérico e, na noite de 29 de agosto de 1929, foi ao seu encontro, em companhia de Waldemar de Oliveira Chaves, Comandante da Guarda Municipal e um soldado. Paco ainda mantinha uma rede de informantes e ao saber das intenções do ex-companheiro de crimes, resolveu fugir para Sananduva num carro de aluguel, levando consigo uma moça de 20 anos que acabara de raptar.

Não sabia que o motorista do carro estava acordado com Octacílio e que este os esperaria no meio do caminho. Na troca de tiros, a acompanhante de Paco foi ferida numa das clavículas enquanto o delegado e o comandante da Guarda Municipal foram mortos por Paco, que também foi atingido por dois disparos, um de raspão e outro no peito. O terceiro policial, mesmo ferido, conseguiu se salvar.

As mortes do delegado e do comandante da Guarda Municipal revoltaram a comunidade de Alfredo Chaves e enfureceram ainda mais as autoridades da capital do estado. Aumentou-se o valor da recompensa pela cabeça do bandoleiro e também aumentaram as forças policiais que foram deslocadas para Alfredo Chaves para a caçada final, onde o prefeito Saul Farina determinava que o pegassem. Vivo ou morto.

A sorte de Paco estava por um fio, era vela que se apagava.

 

O duelo de Nova Pompeia

Percebia-se facilmente um clima pesado no ar naquela manhã de 1º de março de 1930 em Nova Pompeia, fosse no olhar assustado ou no caminhar apressado das pessoas que compareciam à seção de votação para escolher, entre Getúlio Vargas e Júlio Prestes, quem seria o próximo Presidente da República. O que preocupava os moradores não era a presença dos já conhecidos “fósforos” e sim a chegada do mais temido deles, o Paco, que fazia uma refeição no Restaurante da família Luzzatto. Estava acompanhado de dois capangas e, como era de costume, fortemente armado.
Na praça estava João Nunes, motorista da família Périco, esperando-o para desafiá-lo para um duelo. Nunes e Paco haviam se estranhado alguns dias antes em uma festa na Linha Brasil. O motorista jurara se vingar e esperava que ele saísse do restaurante. Estava armado de mosquetão, revólver e faca e parecia ter noção da encrenca em que estava se metendo.

No interior do restaurante, o proprietário aconselhara Paco a deixar suas armas e voltar para pegá-las depois de votar, no que foi atendido.

João Nunes, além das razões pessoais, tinha outra motivação para querer matar Paco: a recompensa que os Périco haviam oferecido pela cabeça do bandoleiro depois que ele fizera uma série de assaltos às tropas que levavam mercadorias para sua casa de comércio.

Os amigos de Paco ficaram esperando por ele no restaurante. Dirigiu-se ao local de votação, cumprimentou as pessoas, votou e retornou ao restaurante. Lá tomou duas cervejas com os amigos, recolheu suas armas e, ao sair para a rua, foi desafiado por Nunes. Disparou para o alto esperando com isso assustar o desafiante, mas este revidou e Nova Pompeia logo virou uma praça de guerra. Aqueles que estavam na rua, a polícia inclusive, debandaram em disparada em busca de um lugar seguro para se protegerem enquanto as balas disparadas pelos dois lados perfuravam tudo o que encontravam pela frente. Ninguém sabe quanto tempo durou o tiroteio até que ambos ficaram sem munição e partiram para o confronto corpo-a-corpo, na qual, para surpresa de todos, Nunes levava a melhor. Paco estava em suas mãos, praticamente dominado, quando um dos seus amigos gritou-lhe para que usasse a faca que trazia escondida em uma das botas:

– A faca, compadre! A faquinha!

Num último esforço conseguiu derrubar Nunes e, antes que ele conseguisse levantar, acertou-o em cheio no peito. Nunes morreria algumas horas depois no hospital de Bento Gonçalves.

Desta vez o caso não foi abafado pelas autoridades.

A sorte de Paco começava a mudar. Getúlio Vargas perdera a eleição para Júlio Prestes e não demoraria para que o país mergulhasse na Revolução de 1930.

 

A perseguição

Desde 1920, já casado, Paco vivia com a família no interior de Alfredo Chaves, no núcleo colonial chamado Nossa Senhora da Pompeia, Linha Parreira Horta, 5ª seção da margem direita do Rio das Antas, conhecida como Quinta Magra, pela pobreza da região.

Depois de matar o Delegado de Polícia e o Comandante da Guarda Municipal, Paco tinha consciência de que seria alvo de uma caçada implacável e decidiu refugiar-se numa caverna, onde curou os ferimentos que sofrera no tiroteio em Monte Bérico.

Saul Farina assumia como intendente de Alfredo Chaves e sua prioridade era pegar Paco. Vivo ou morto. Mas não era fácil encontrá-lo, Paco conhecia as barrancas do Rio das Antas como a palma das mãos. Ali nunca o pegariam. E ele ainda tinha aliados. Poucos o admiravam, muitos o temiam, mas formavam uma rede de proteção que permitia que escapasse das tropas que o caçavam.

Nas ocasiões em que era obrigado a ir à cidade, contava com a ajuda de amigos confiáveis que lhe davam pouso, dormindo uma noite em cada lugar, mas retornava sempre para uma das grutas quando percebia que estava correndo perigo. Os dias se arrastavam lentamente naqueles últimos dias do ano de 1930.

 

O fim

Foi entre as paredes da Intendência de Alfredo Chaves que a sorte de Paco foi selada. Uma reunião de pais de alunos da Escola Marina Largura, onde os filhos de Paco estudavam, seria a isca para atraí-lo para uma armadilha fatal. O motivo da reunião era decidir se a professora da escola, que era protegida do bandoleiro, seria substituída ou não devido a reclamações que haviam chegado ao Intendente Saul Farina. Um amigo de Paco, até hoje mantido em anonimato, seria o algoz que o entregaria aos seus assassinos.

Era um domingo de sol forte, dia 19 de fevereiro de 1931, e os pais dos alunos deixavam a escola depois de votarem pela permanência da professora, temerosos de uma reação por parte do seu protetor.

Paco andava a pé, seguido pelo tal amigo a cavalo. Seus filhos iam à frente. Caminhou poucos metros e, de repente, um tiro foi disparado para o alto. Era o sinal combinado para o traidor fugir. Do meio da mata, quatro homens armados esperavam o momento de entrar em ação. Paco tentou fugir mas não teve tempo, foi crivado de balas na frente dos filhos. Mesmo após constatar que o bandoleiro estava morto, seus assassinos descarregaram toda sua munição sobre o cadáver, montaram em seus cavalos e foram embora.

Chegara a hora da verdade e caíra por terra o mantra que Paco passara a vida recitando: “ainda não fizeram a cadeia que irá me trancar, nem a bala que vai me furar”.

A vela se apagara.

 

Nasce a lenda

Colono, balseiro, tropeiro, capanga de políticos, caudilho, bandoleiro, arruaceiro, valentão, galanteador, afável, fisionomia alegre, sorriso aberto, assassino frio, amigo dos poucos amigos, inimigo de todo aquele que o enfrentasse. Assim era Francisco Sanches Filho, que seguindo o costume espanhol, ainda pequeno recebeu o apelido de Paco e que um dia, aos 20 anos, deixou a casa dos pais na Linha Brasil, atravessou o Rio das Antas e instalou-se em Nova Pompeia para ajudar a irmã e o cunhado num pequeno bar onde aprendeu as manhas do carteado e a trapacear no jogo das tampinhas.

A imprensa da capital, que abria seguidas manchetes contando as façanhas do “fósforo” do PRR, comparava-o ao cangaceiro Lampião, o que em muito contribuiu para que se criasse um misto de admiração mesclado com terror, com todos os ingredientes para transformar um facínora em lenda. Entretanto, quase sempre se esqueciam de dizer que, na maioria das vezes, Paco era apenas o braço que executava a ordem que vinha de cima.

Assim, a morte de Paco foi recebida com alívio pelos políticos que lhe deram cobertura e por muito tempo se valeram dos seus serviços intimatórios que lhes conseguiram votos para que se mantivessem no poder durante tantos anos. Vivo, Paco era uma ameaça de entregar todo mundo, caso fosse preso. Uma carta escrita às autoridades propondo se entregar em troca se ser mantido vivo, nunca chegou às mãos do destinatário.

Paco foi velado na sala de sua casa na Capela Nossa Senhora da Pompeia em cima de duas tábuas e foi enterrado no cemitério local. Algum tempo depois, seus restos mortais foram transladados para Bento Gonçalves, onde repousam anonimamente em uma sepultura de algum dos cemitérios da cidade, evitando assim a curiosidade da população.

Embora tenha sido esquecida pelos historiadores gaúchos, a trajetória de Paco tornou-se uma lenda, que sobrevive e intriga na região.

 

O silêncio da família

Quando Paco caiu em desgraça e foi abandonado pelos políticos que lhe davam cobertura e em seguida jurado de morte pelas autoridades, a culpa pelos seus crimes foi descarregada sobre sua família. Cada vez que o procuravam e não o encontravam na Quinta Magra, os policiais torturavam física e psicologicamente sua esposa e seus filhos na tentativa de que eles lhes informassem o seu paradeiro.

Essas agressões e humilhações acabaram se transformando numa rede de proteção ou numa concha onde os herdeiros se fecharam num silêncio que atravessou décadas e que a maioria deles acabou levando para a sepultura.
Se fosse necessário não alimentar a opinião pública a fim de se protegerem da história que fora escrita por seu pai, e não por eles, os Sanches defenderam seu direito com unhas, dentes e até advogados quando foi necessário, poucas vezes permitindo que a imprensa e historiadores invadissem sua privacidade.

No que fizeram muito bem. Mas isso não impediu que a história de Paco se espalhasse pela região e pelo estado, contada de forma diferente a cada voz e exercesse o sagrado direito de toda lenda que se preze: bandido, herói ou uma vítima do sistema político vigente na ocasião?

Morto Paco, ficou a lenda. E as lendas, sabemos, têm asas. Acham frestas nas gaiolas da memória e mesmo que alguns não queiram, abrem as asas e se soltam ao vento porque, ao contrário dos mortais, sabem voar.

 

 

A foto lendária

A foto de Paco com um revólver na mão direita, um mosquetão ao ombro, outros revólveres e sua inseparável faca presos à cintura é aquilo que hoje se chama de foto de estúdio e foi batida por Aurélio Cavalli, no vilarejo de Fagundes Varela, então distrito de Alfredo Chaves. Na ocasião o bandoleiro estava escondido em alguma gruta da região depois de duelar e matar João Nunes em Nova Pompeia, distrito de Bento Gonçalves, hoje Pinto Bandeira.

Cavalli, que era fotógrafo nas horas de folga, não fez perguntas, limitou-se a fotografar. Abriu a máquina de fole, colocou a chapa de vidro e encaixou o filme. Alinhou Paco na posição ideal e acomodou-se sob o pano escuro. Ao forçar o dedo no disparador estava preocupado apenas com o foco. Em nenhum instante passou por sua cabeça que naquele instante ele estava fazendo uma das fotos mais emblemáticas do século passado, a qual eternizaria a lenda de Francisco Sanches Filho, o Paco.

 

O filme que não saiu

Em 1979, a história de Paco estava praticamente esquecida em toda a região. Os poucos historiadores que haviam se aventurado a pesquisar a vida do bandoleiro haviam esbarrado no silêncio da família e haviam desistido. Foi quando a imprensa da capital abriu manchetes anunciando que a Interfilmes, do produtor Itacir Rossi, faria um filme contando a história de Paco e que o jogador de futebol Elias Ricardo Figueroa, faria o papel principal.

O roteiro estava pronto e era assinado pelo cineasta Antonio Jesus Pfeil, baseado no seu livro “O trágico fim do bandido Paco”, que também daria nome ao filme.

Rossi esperava repetir nas telas o sucesso de “Motorista sem limites”, filme do cantor Teixeirinha que ele produzira no ano anterior e se tornara o grande campeão de bilheteria nos cinemas do estado.

Alertada, a família Sanches foi aos tribunais e conseguiu impedir que a filmagem fosse realizada e o projeto acabou se resumindo na publicação do livro-roteiro de Pfeil alguns anos depois.

 

Imprensa e pesquisadores resgataram a história

Carlos Wagner, um dos mais premiados repórteres da história da imprensa gaúcha de todos os tempos, foi quem pela primeira vez mergulhou no emaranhado da teia de verdades, boatos & ficção que o imaginário popular teceu em torno da história de Francisco Sanches Filho, o Paco. A reportagem “Paco, o bandoleiro da Serra Gaúcha”, publicada no Jornal Zero Hora em junho de 1988 tornou-se fonte de pesquisa obrigatória a todo interessado em conhecer a vida e a história do homem que se tornou uma das maiores lendas do interior do estado nos primórdios do século XX.

Treze anos depois, Gustavo Guerlter, repórter do Jornal Pioneiro, trazia para o século XXI a história de Paco em uma bem elaborada reportagem publicada também em capítulos nas páginas do jornal caxiense que resultou no livro de grande aceitação “Paco – Uma história escrita com chumbo”.

Por sua vez, o professor universitário Sergio Cruz Lima defendeu em artigo que Paco Sanchez era uma espécie de líder campônio, o “Robin Hood gaúcho”, em um período histórico do Rio Grande “em que as reivindicações sociais ainda não tinham coloração política, muito menos uma agremiação partidária definida capaz de arrostar nos interesses dos humildes”, deixando de lado o fato de que Paco, a serviço das autoridades, conduzia os cidadãos às urnas de votação sob a ameaça de uma arma.

Já a historiadora Márcia Londero defende que Paco se enquadra perfeitamente no que Eric Hobsbawn define como fenômeno de reação às situações de exploração, opressão e miséria vividas por uma comunidade camponesa nas mãos de um bandido social. Essa opinião é criticada por alguns revisionistas, principalmente porque se baseia na análise dos bandidos e utiliza fontes populares, pouco fazendo uso de documentos oficiais como fontes históricas. Ao escrever o ensaio “Paco: um bandido social da Serra gaúcha” Márcia foi quem mais se aprofundou na pesquisa de crimes cometidos por Paco e processos que ele respondeu.

Na apresentação do livro de Gustavo Ghertler a historiadora Loraine Slomp Giron reclama que Paco não tem merecido a devida atenção dos historiadores, alertando que são raros os estudos sobre ele e sobre sua ação política em prol do Partido Republicano Rio-grandense. Para ela, “Paco faz parte da revelação do negativismo social, do uso da contravenção na conquista do poder. Não é o primeiro nem o único, mas é exemplo claro de que, naqueles velhos tempos de corrupção política e policial, da associação indébita do banditismo com políticos renomados da República velha”.

 

Fontes:

Guertler, Gustavo – Paco – Uma história escrita com chumbo; Maneco – Livraria & Editora, Caxias do Sul, RS, 2001
Pfeil, Antonio Jesus – O trágico fim do bandido Paco; Bortolini Edições, Canoas, RS, 1990
Farina, Geraldo – A História de Veranópolis
Wagner, Carlos – Paco, o bandoleiro da Serra Gaúcha; Jornal Zero Hora, Porto Alegre, 1988
Guertler, Gustavo – Uma história escrita com chumbo; Jornal Pioneiro, Caxias do Sul, 2001
Lodero, Márcia – Paco: um bandido social da Serra Gaúcha

 

Fotos: Reprodução Ademir Antônio Bacca

Foto Paco: Aurélio Cavalli

21 de junho de 2022/0 Comentários/por Kátia Bortolini
https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2022/06/paco-001.jpg 702 1133 Kátia Bortolini https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Integracao.png Kátia Bortolini2022-06-21 16:47:432022-06-21 16:47:43Memória: Paco, o bandoleiro da Serra Gaúcha
DESTAQUES DO DIA, EVENTOS

ExpoBento e Fenavinho premiam expositores destaques

 Prêmio Expositor foi entregue domingo, durante cerimônia de encerramento dos eventos

 

Além de aproveitar onze dias intensos de vendas e oportunidades de negócios, as marcas que participaram da 30ª ExpoBento e 17ª Fenavinho receberam, também, o reconhecimento pelo trabalho de excelência oferecido aos visitantes com a outorga do Prêmio Expositor. Os vencedores dessa edição, nas oito categorias da outorga, foram conhecidos na noite de 19 de junho, no encerramento da programação dos eventos.

O Prêmio Expositor 30ª ExpoBento e 17ª Fenavinho foi concedido para um expositor de cada espaço temático da feira e da festa – e também para aqueles que se destacaram em critérios especiais. Na categoria Atendimento, a empresa vencedora foi a Fantin Cosméticos. No quesito ‘Criatividade’, três expositores receberam o troféu: Grasseli Porcelanato, Decoreta e UCS.

Quem comemorou o prêmio no Mundo Automotivo foi a Tramontini. Já no Mundo da Moda a vencedora foi a Julia’s Closet. No espaço ‘Variedades’, o troféu foi para a Casas Pagliarin. O troféu destinado aos expositores da Indústria e Comércio foi entregue a HMD. Na categoria Gastronomia, a Massaria Di Paolo foi a vencedora.

Na categoria ‘Fenavinho’, o Prêmio Expositor foi entregue para a Vinícola Valmarino. Outro expositor daquele espaço temático, a Zegla, também recebeu reconhecimento no quesito inovação, mostrando um robô servidor de vinho.

Todos os premiados são presenteados, também, com um excelente incentivo: 15% de desconto no metro quadrado para a 31ª edição da ExpoBento, programada para 2023.

 

Foto: Gilmar Gomes

20 de junho de 2022/0 Comentários/por Kátia Bortolini
https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2022/06/Geral-premiados-com-excecao-do-Tramontini-que-nao-estava-nao-pode-comparecer-na-cerimonia.jpg 733 1181 Kátia Bortolini https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Integracao.png Kátia Bortolini2022-06-20 16:53:202022-06-20 16:53:20ExpoBento e Fenavinho premiam expositores destaques
DESTAQUES DO DIA, EVENTOS

Recordes de público e negócios na 30ª ExpoBento e 17ª Fenavinho

Em onze dias de programação, mais de 274 mil visitantes passaram pelo Parque de Eventos de Bento Gonçalves, movimentando cerca de R$ 50 milhões em compras

 

Durante seus 11 dias de programação, feira e festa atraíram mais de 274 mil pessoas, maior número de visitantes já registrado em uma única edição desde a inaugural, em 1990. Durante o período, 32 mil veículos entraram no Parque de Eventos de Bento Gonçalves. Outro recorde foi de público em um único dia: 54.574 mil pessoas no domingo, 12. Foram esses visitantes os responsáveis por gerar negócios estimados em R$ 50 milhões – amplamente comemorados pelos 463 expositores que preencheram os corredores com excelentes ofertas em produtos e serviços.

Os resultados podem ser entendidos como fruto direto de uma feira e de uma festa recheadas de atrações, novidades e também de tradição. E de fato são. Mas seriam inalcançáveis sem levar em consideração os longos, extenuantes e apreensivos 36 meses anteriores aos eventos. Foi entre idas e vindas, confirmações e adiamentos – e às custas de muito trabalho e resiliência – que a diretoria da 30ª ExpoBento e o comitê da 17ª Fenavinho precisaram se equilibrar para agora, finalmente, poder comemorar.

E foi justamente a trajetória até aqui, e não só a chegada, que as lideranças envolvidas na organização da feira e da festa destacaram em suas avaliações, na solenidade de encerramento.

Marijane Paese, presidente do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG), destacou o sentimento de dever cumprido após tantas incertezas. “Esse é um momento de muita alegria, pois a feira foi um sucesso que não só entregou os objetivos a que se propôs, mas, sobretudo, superou as expectativas. Foi verdadeiramente a ExpoBento da retomada, evidenciando o quanto essencial são as atividades que geram desenvolvimento, empregos e movimentam a economia. Tudo foi pensado e planejado para que pudéssemos chegar nesses resultados, especialmente no que tange à diversidade para atrair novos públicos. Fomos estratégico e comprovamos que estamos no caminho certo para direcionar o futuro da feira e da festa”, destacou Marijane.

O número e a heterogeneidade de público trouxeram outro efeito ao Parque de Eventos, além de encher corredores: ajudaram a cumprir um dos grandes propósitos do CIC-BG, que é a de fomentar o turismo como força motriz crescente em Bento Gonçalves. Para ela, ExpoBento e Fenavinho colocam em evidência atrativos diferenciados do município, sendo indutores para novos públicos conhecerem a Serra gaúcha. “É um movimento gigante e que só pode ser colocado em prática com a soma dos esforços de várias mãos: iniciativa privada, entidades representativas e poderes públicos, unidos em um mesmo propósito de desenvolvimento coletivo. Quando esse é o objetivo do trabalho, os resultados aparecem”, destacou a dirigente.

Resiliência marca trajetória de eventos

Os resultados alcançados pela 30ª ExpoBento e pela 17ª Fenavinho foram possíveis graças à resiliência que caracterizou as equipes responsáveis por construir os eventos. Essa palavra foi muito destacada tanto pelo diretor-geral da feira, Gilberto Durante, quanto pelo coordenador do comitê da 17ª Fenavinho, Roberto Cainelli Júnior, ao enaltecerem a importância de seus times na construção dos eventos.

Para Durante, foi essa qualidade que oportunizou à feira e à festa o sucesso que alcançaram. “Foram 36 meses de trabalho e de expectativa. Como nossos próprios diretores comentavam, fomos a diretoria do sim, que nunca se abateu ou desistiu, mesmo nos momentos mais difíceis. Estamos muito satisfeitos com a presença maciça do público, batendo recorde de visitação, e também com a repercussão do evento entre os expositores, com vendas que superaram expectativas. É gratificante poder retribuir àqueles que acreditaram em nós com a entrega de resultados tão positivos”, comentou.

Mais do que históricos, os resultados da 30ª ExpoBento são alicerce para a construção do futuro – igualmente exitoso – da feira, na opinião de Durante. “Acredito que o futuro da ExpoBento dependia muito do trabalho deste ano, por ser a edição da retomada. Sabíamos que seria fundamental deixarmos bons encaminhamentos para 2023 e anos posteriores. Os eventos híbridos e online vão permanecer, mas nada substitui o presencial”, destacou Durante, que também falou sobre os esforços da diretoria para oferecer experiências em inovação e tecnologia, com o metaverso e a realidade virtual, e na área do esporte, com os jogos eletrônicos, pela primeira vez com uma das modalidades disputadas de modo presencial, além dos torneios de skate e padel.

Festa do reencontro

A ExpoBento e a Fenavinho são grandiosas pelos números que representam – mas feira e festa têm outra contribuição igualmente importante e imensurável, que são as vivências e experiências que oferecem e permitem compartilhar, na avaliação do coordenador do comitê da Fenavinho, Roberto Cainelli Júnior.

“Nos propusemos a realizar uma festa verdadeiramente conectada com sua essência – de integrar a comunidade, de valorizar o interior, de reconectar pessoas em um momento de diversão, alegria e, claro, celebração da qualidade de nossos vinhos. Nossa caminhada começou com as duas edições do Vinho Encanado, no centro da cidade, onde também realizamos o Desfile Cultural, teve momentos históricos com os Jogos Coloniais, teve a Escolha da Corte e culminou com essa bela festa que pudemos presenciar nos onze dias de Vila Típica”, destacou.

A Fenavinho trouxe alegria e diversão para as pessoas, em um momento em que esse convívio se fazia extremamente necessário. “Mas fomos além: aproximamos o setor vinícola, por meio dos expositores, das entidades setoriais, dos poderes públicos. Mostramos a união entre tradição e tecnologia que fez do nosso setor vinícola um expoente nacional e reconhecido mundialmente. E, claro, vendemos muito vinho!”, comemorou. Durante os onze dias de Vila Típica, foram aproximadamente 11.600 garrafas de vinhos e espumantes comercializadas, bem como mais de 10 mil taças oficiais da 17ª Fenavinho.

Com os aprendizados pós-pandêmicos, público, expositores e patrocinadores já têm novo compromisso marcado: o CIC-BG confirmou a realização da 31ª ExpoBento e 18ª Fenavinho, com previsão de ocorrer de 8 a 18 de junho de 2023, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves.

 

Foto: Gilmar Gomes

20 de junho de 2022/0 Comentários/por Kátia Bortolini
https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2022/06/Publico-encheu-os-corredores-do-Parque-de-Eventos-encontrando-mais-de-450-marcas-expositoras-Credito-Gilmar-Gomes-5.jpg 733 1181 Kátia Bortolini https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Integracao.png Kátia Bortolini2022-06-20 16:31:422022-06-20 16:31:42Recordes de público e negócios na 30ª ExpoBento e 17ª Fenavinho
Cultura e Entretenimento, DESTAQUES DO DIA, EVENTOS, GASTRONOMIA, MUNDO DO VINHO, PETS

Festival anima vinícola Dom Cândido neste sábado (18)

Promovido pela Castelos do Vale Resorts e Vinícola Dom Cândido, Festival de Inverno movimenta Bento Gonçalves, com evento voltado para toda a família, além de pet friendly, entrada gratuita e música ao vivo

Frente ao sucesso das edições de outono e já de olho no inverno, a parceria entre Castelo do Vale Resorts e Vinícola Dom Cândido volta mais uma vez para agitar a região do Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, agora com a primeira edição do Festival de Inverno.

Gratuito e aberto ao público, o festival acontece a partir das 14h, com previsão de encerramento às 20h, regado à música ao vivo, comidinhas, ilha de vinhos e espumantes. Os visitantes ganharão taças personalizadas de brinde na compra da garrafa que terá preço especial. Outra opção são os drinques especiais: Aperol, Kir Royal e Rossini. A parte gastronômica ficará por conta do food truck Kombosa da Ley, com hot dogs e panchos. Haverá distribuição de marshmallows para quem quiser aproveitar a fogueira que será acesa no local.

Com muita energia e interação, a partir das 16h, a banda Acústica Rock irá embalar os presentes ao som de muito pop e rock nacional e internacional dos anos 70, 80 e 90.

O evento mantém a proposta da vinícola junto com a empresa Mundo Planalto, detentora da marca Castelos do Vale Resorts, em proporcionar a experiência de diversão e lazer com gastronomia e bons drinks no Jardim Dom Cândido.

E fica a dica! O evento contará com brinquedoteca para as crianças se divertirem em segurança, enquanto os pais aproveitam sem se preocupar com os pequenos. Além do fato que será pet friendly, ou seja, para ninguém ficar de fora. Aos interessados em conhecer mais sobre o projeto do resort, maquete do empreendimento e o apartamento decorado estarão disponíveis.

 

Foto: Hélio Alexandre

17 de junho de 2022/0 Comentários/por Kátia Bortolini
https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2022/06/unnamed-100.jpg 497 800 Kátia Bortolini https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Integracao.png Kátia Bortolini2022-06-17 16:36:362022-06-17 16:36:36Festival anima vinícola Dom Cândido neste sábado (18)
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DESTAQUES DO DIA

Dia das Crianças e Reação em Cadeia movimenta Fenachamp
Campanha Vinho Legal orienta consumidores e restaurantes
Corede Serra pauta debate sobre gestão de resíduos na AL
Cooperativa Vinícola Aurora divulga Relatório de Sustentabilidade
Sesc/RS lança Prêmio de Artes Visuais

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