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Cultura e Entretenimento, DESTAQUES DO DIA

Hip Hop ocupa Salão Nobre da prefeitura de Bento Gonçalves

Exposição mostra história dos 10 anos de Battle In The Cypher

 

A força da Cultura Hip Hop em Bento Gonçalves chega ao Salão Nobre da Prefeitura Municipal, onde está montada a exposição “Os 10 Anos de Battle In The Cypher” para visitação durante o mês de julho. A ocupação é significativa e reforça a importância de um dos principais encontros da cultura Hip Hop da América Latina realizado na cidade estar ocupando o espaço nobre que conta a história da cidade e onde até então a cultura urbana e o hip hop ainda não tinham chegado. A mostra reúne, em imagens e materiais diversos, uma linha de tempo onde é possível conhecer a história de um dos mais conhecidos encontros culturais de Bento, com projeção nacional e internacional. O projeto é realizado com recursos do Fundo Municipal de Cultura.

A exposição já circulou pelo Museu do Imigrante e Centro Cultural 20 de Novembro. Criado em 2019 para registrar e festejar os 10 anos de Battle In The Cypher, o projeto reúne fotografias, matérias de jornais, flyers, peças de exposições que aconteceram nas diversas edições da BITC, camisetas, telas de serigrafia e diversos outros artefatos. A exposição pode ser visitada no horário de das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira.

 

Foto: Bruna Ferreira

20 de junho de 2022/0 Comentários/por Kátia Bortolini
https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2022/06/bitc-expo2@BrunaFerreira.jpg 733 1181 Kátia Bortolini https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Integracao.png Kátia Bortolini2022-06-20 16:45:362022-06-20 16:45:36Hip Hop ocupa Salão Nobre da prefeitura de Bento Gonçalves
Cultura e Entretenimento, DESTAQUES DO DIA, EVENTOS, GASTRONOMIA, MUNDO DO VINHO, PETS

Festival anima vinícola Dom Cândido neste sábado (18)

Promovido pela Castelos do Vale Resorts e Vinícola Dom Cândido, Festival de Inverno movimenta Bento Gonçalves, com evento voltado para toda a família, além de pet friendly, entrada gratuita e música ao vivo

Frente ao sucesso das edições de outono e já de olho no inverno, a parceria entre Castelo do Vale Resorts e Vinícola Dom Cândido volta mais uma vez para agitar a região do Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, agora com a primeira edição do Festival de Inverno.

Gratuito e aberto ao público, o festival acontece a partir das 14h, com previsão de encerramento às 20h, regado à música ao vivo, comidinhas, ilha de vinhos e espumantes. Os visitantes ganharão taças personalizadas de brinde na compra da garrafa que terá preço especial. Outra opção são os drinques especiais: Aperol, Kir Royal e Rossini. A parte gastronômica ficará por conta do food truck Kombosa da Ley, com hot dogs e panchos. Haverá distribuição de marshmallows para quem quiser aproveitar a fogueira que será acesa no local.

Com muita energia e interação, a partir das 16h, a banda Acústica Rock irá embalar os presentes ao som de muito pop e rock nacional e internacional dos anos 70, 80 e 90.

O evento mantém a proposta da vinícola junto com a empresa Mundo Planalto, detentora da marca Castelos do Vale Resorts, em proporcionar a experiência de diversão e lazer com gastronomia e bons drinks no Jardim Dom Cândido.

E fica a dica! O evento contará com brinquedoteca para as crianças se divertirem em segurança, enquanto os pais aproveitam sem se preocupar com os pequenos. Além do fato que será pet friendly, ou seja, para ninguém ficar de fora. Aos interessados em conhecer mais sobre o projeto do resort, maquete do empreendimento e o apartamento decorado estarão disponíveis.

 

Foto: Hélio Alexandre

17 de junho de 2022/0 Comentários/por Kátia Bortolini
https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2022/06/unnamed-100.jpg 497 800 Kátia Bortolini https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Integracao.png Kátia Bortolini2022-06-17 16:36:362022-06-17 16:36:36Festival anima vinícola Dom Cândido neste sábado (18)
Cultura e Entretenimento, DESTAQUES DO DIA, EVENTOS

Atrações imperdíveis da 30ª ExpoBento e 17ª Fenavinho até domingo

Feira e festa encerram domingo (19), no Parque de Eventos de Bento Gonçalves

Quem ainda não aproveitou todas as possibilidades de compras e lazer que a 30ª ExpoBento e a 17ª Fenavinho oferecem precisa se atentar: o encerramento da feira e da festa está programado para domingo, dia 19, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves.

Até lá, ainda há tempo de aproveitar muitas das atrações da ExpoBento e Fenavinho.

 

Sexta de Pedro Ernesto, Guri de Uruguaiana e Elvis

Na sexta, dia 17, tem desfile de moda em dois horários, às 14h e às 18h, na passarela multicultural, além de oficina de culinária francesa (steak tartare), às 16h, no ExpoBento na Mesa. Para quem gosta de música, o dia terá um cardápio eclético. Os apreciadores de música italiana não podem perder o show de Inês Rizzardo, às 18h, no Palco Fenavinho. No mesmo espaço, só que às 20h, será a vez da gauderiada: o jornalista Pedro Ernesto Denardin mostra sua porção cantor nativista ao lado de sua banda. Já os amantes do rock têm encontro marcado com Fabiano Feltrin prestando tributo a Elvis Presley, às 22h, no Palco Gastronomia. Na agenda da ExpoBento e da Fenavinho ainda tem um artista que, com seu humor, une todas as tribos. O Guri de Uruguaiana se apresenta às 21h, no Espaço Pró-cultura RS LIC.

Sábado com Sbornia e Acústicos & Valvulados

No final de semana, mais entretenimento e lazer com as apresentações de Hique Gomez e sua “A SbØrnia Kontr’Atracka”, espetáculo que protagoniza ao lado de Simone Rasslan para mostrar, com tiradas de humor e muita música, a cultura do fictício país flutuante Sbornia. O show será no sábado (18), às 21h, no Espaço Pró-cultura RS LIC, mesmo espaço que, uma hora depois, recebe os roqueiros da Acústicos & Valvulados para uma apresentação especial. Além de tocar hits como “Fim de Tarde Com Você” e “Até a Hora de Parar”, recebem os convidados Carlinhos Carneiro (Bidê ou Balde) e Jaques Maciel (Rosa Tattooada) para entoar alguns clássicos do rock gaúcho, tanto de suas bandas de orgiem como de outras formações.

Corais e arte nativa no domingo

A despedida da 30ª ExpoBento e da 17ª Fenavinho será no domingo, dia 19. A data reserva apresentações de corais, do Hospital Tacchini, às 12h, e da Fundação Casa das Artes, às 14h, ambos no Palco Fenavinho, e também um momento de culto às tradições gaúchas. O grupo Os Gaudérios, com 45 anos de atuação, demonstra através da dança o folclore nativo dos pampas.

Voo de helicóptero

Que tal admirar Bento Gonçalves das alturas? Um voo de helicóptero com saída e chegada no heliponto do Parque de Eventos oferece um novo ângulo das belezas de Bento Gonçalves. O passeio poderá ser feito no sábado, dia 18, e no domingo, dia 19, das 10h às 17h, e as partidas são por ordem de chegada. O valor do voo, que dura aproximadamente cinco minutos, é de R$ 190 e pode ser parcelado em até quatro vezes no cartão.

Experiências tecnológicas

Se você quer ampliar seu entendimento sobre metaverso e realidade virtual a Fenavinho te ajuda. As duas experiências estão instaladas na Vila Típica e podem ser testadas sem custo algum para os visitantes. No metaverso, é possível passear pela Vila Típica de forma virtual, enquanto a realidade virtual levará o público a visitar dois pontos turísticos, previamente fotografados, de forma real, com o auxílio de óculos de realidade virtual. Se você quiser ampliar seu contato com a tecnologia, aproveite que está na Fenavinho e tenha seu vinho servido por um robô. Para isso, é preciso adquirir uma taça de cristal da Oxford, a R$ 20. Depois, é só trocar o voucher recebido que o robô fará o resto por você – beber o vinho fica por sua conta, não esqueça!

Degustar vinho

O universo dos vinhos pode ser intimidador para alguns, diante de tantos tipos e estilos da bebida. Mas a Fenavinho também está aí para, além de oferecer diversão e alegria com a enogastronomia da região, ajudar na aproximação do público com a milenar bebida. Onde devo pegar a taça para beber? Como sentir os aromas do vinho? Perguntas assim vão ser respondidas nos cursos gratuitos de degustação oferecidos pelas vinícolas participantes. De sexta a domingo, ocorrem duas aulas em cada dia, com início sempre às 15h e às 19h. Sexta-feira, a promoção será nas vinícolas Cristofoli e Lovara, respectivamente. No sábado, quem oferece os cursos são as vinícolas Don Giovanni e Valmarino e, encerrando a programação, no domingo, o evento será na Vinícola Somocal e nos Vinhos Coloniais. Inscrições na hora, de acordo com a disponibilidade de vagas.

Fenavinho

A ExpoBento e a Fenavinho estão de volta depois de um hiato de dois anos devido à pandemia. Agora, é tempo de celebrar o reencontro, e nada mais indicado do que reunir os amigos e os familiares e aproveitar, no melhor clima de festa do interior, os atrativos da Fenavinho. O ambiente remete às comunidades do início do século 20, com os estandes das vinícolas e de restaurantes emulando o casario típico da época. Longas mesas, como aquelas das festas de colônia, recebem os visitantes para acomodá-los a fim de que passem, ali, horas agradáveis entre um brinde e outro como vinho, suco e espumante e bons pratos de pasta e pizza. Por ali, ainda, é bem fácil de encontrar o Tasta Vin, o mascote da festa, e o trio de soberanas da Fenavinho, a Imperatriz do Vinho, Laís Dupont, e as Damas de Honra, Raiane Conci e Letícia Beliski. Uma bela chance de registrar esse encontro e guardá-lo tanto no celular quanto na memória.

Agroindústria

Um dos espaços mais saborosos da ExpoBento, literalmente, é sua área dedicada às agroindústrias. Quem vem de fora para a Serra sabe que vir para a região significa voltar para casa com capeletti, queijo, salame, pães e outras delícias típicas. Para quem mora aqui, é a oportunidade de, num único lugar, encontrar tudo que precisa para abastecer a despensa e deixar a mesa repleta de coisas boas para comer – afinal, para o gringo, mesa boa é mesa farta. Esse espaço na feira reúne cerca de 40 pequenos produtores agrícolas que vêm de diversas partes do Estado para oferecer produtos de procedência reconhecida. Uma grande chance de levar mais sabor e saúde à mesa – e ainda prestigiar e consumir todas as delícias produzidas no interior gaúcho.

 

Guri de Uruguaiana se apresenta nesta sexta-feira, 17

Foto: Gilmar Gomes

17 de junho de 2022/0 Comentários/por Kátia Bortolini
https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2022/06/Guri-de-Uruguaiana.jpg 732 1181 Kátia Bortolini https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Integracao.png Kátia Bortolini2022-06-17 16:16:252022-06-17 16:16:25Atrações imperdíveis da 30ª ExpoBento e 17ª Fenavinho até domingo
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30ª ExpoBento e 17ª Fenavinho terão batalhas de hip hop

Promoção é da Nest Panos, coletivo de Bento Gonçalves reconhecido no país pela promoção da cultura hip hop

 

A cultura hip hop vai ser, novamente, contemplada com espaço na maior feira multissetorial do país, a 30ª ExpoBento e 17ª Fenavinho, com a “Batalha Nest Hip Hop Jam”.

A atividade, promovida pelo coletivo Nest Panos, reunirá participantes de várias cidades da Serra, principalmente de Bento Gonçalves e Caxias do Sul, em disputas um contra um e em desafios de rima. “Vão ser batalhas-shows, com um atleta demonstrando suas habilidades e o outro tentando superá-lo”, explica William Ballestrin, coordenador do evento.

A ideia de levar a batalha para dentro da ExpoBento surgiu, de acordo com ele, de um apelo da comunidade que pratica o hip hop – em 2019, a Nest Panos chegou a realizar uma apresentação no então Palco Fashion da feira. “A demanda por eventos como esse é muito grande, e a gente já faz projetos sociais nos bairros, no centro da cidade, com shows e batalhas de danças e rimas. O que desejamos é que a cultura do hip hop seja melhor entendida, que as pessoas saibam como funcionam essas batalhas. Vamos conversar com o público sobre dança, cultura, e de forma interativa, até convidar as pessoas para que pratiquem alguns passos”, diz.

Ballestrin reforça a necessidade de o hip hop ser mais difundido na sociedade, de modo geral. “É preciso que as pessoas conheçam mais, aprendam e compreendam essa cultura que por muito tempo foi marginalizada e que ficava só na periferia das cidades. O quadro está mudando, felizmente para melhor, e agora, por exemplo, o hip hop e as batalhas de danças estão chegando às Olimpíadas, em 2024. Estamos atingindo a todas as camadas sociais, e boa parte disso se deve à divulgação que tem sido feita pela mídia do pais”, afirma.

A Nest Panos é um coletivo dedicado à promoção da cultura hip hop e tem um trabalho consolidado em seu propósito. Como parte disso, também é uma marca de roupas e acessórios e produtora de eventos que objetiva manter a cultura hip hop viva cada vez mais forte. Fundada em 2009, a Nest é referência nacional na realização de atividades culturais, como o “Battle in the Cypher”, que traz participantes de toda América Latina e até da Europa a Bento Gonçalves.

SERVIÇO

O quê: “Batalha Nest Hip Hop Jam” na 30ª ExpoBento e 17ª Fenavinho

Quando: Dia 18 de junho, das 17h às 19h

Onde: Palco Gastronomia

Quanto: R$ 15

Estacionamento: R$ 25 para carros e R$ 10 para motos

Promoção: Nest Panos Bento Gonçalves

William Ballestrin, ao centro, é responsável pelo Nest Panos, coletivo que vai promover o “Batalha Nest Hip Hop Jam” na 30ª ExpoBento e 17ª Fenavinho

Foto: Divulgação – Nest Panos

15 de junho de 2022/0 Comentários/por Kátia Bortolini
https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2022/06/Batalha-Nest-Hip-Hop-Jam.jpg 703 1134 Kátia Bortolini https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Integracao.png Kátia Bortolini2022-06-15 14:54:202022-06-15 14:54:2030ª ExpoBento e 17ª Fenavinho terão batalhas de hip hop
Cultura e Entretenimento, DESTAQUES DO DIA

Clóvis Tramontina: o homem que levou a Tramontina para o mundo

O homem que levou a Tramontina para o mundo tem muito a ensinar sobre a vida e os negócios. Clóvis Tramontina comandou por 30 anos uma das marcas mais amadas pelos brasileiros

 

Um homem corajoso, inovador e apaixonado pela vida. Este é Clóvis Tramontina,que por 30 anos esteve à frente de um negócio que produz mais de 22 mil itens para facilitar a vida das pessoas. Considerado uma das figuras empresariais mais emblemáticas do país, Clóvis demonstrou aptidão para ideias criativas ainda na infância.

Desde muito cedo, frequentou os corredores da empresa fundada pelo avô, Valentin, há 111 anos, na cidade de Carlos Barbosa, interior do Rio Grande do Sul. Com apenas oito anos, criou o time de futsal River, que mais tarde ganhou o nome de Associação Carlos Barbosa de Futsal (ACBF), se tornou reconhecido mundialmente e concedeu à cidade o título de Capital Nacional do Futsal.

Em 1980, aos 25 anos, levou o talento para os negócios à Tramontina. Trabalhou com vendas por mais de uma década e, aos 36, foi promovido como presidente do empreendimento. Na época, a marca, que era conhecida apenas no Rio Grande do Sul, tinha grande número de concorrentes.

Clovis, com uma capacidade criativa ímpar, fez do marketing o maior aliado para expandir os negócios. Com forte investimento em propagandas na grande mídia, a Tramontina passou a ser conhecida e admirada por milhões de brasileiros. Tornar a empresa da família uma das favoritas no país foi apenas um dos grandes desafios da vida do gaúcho.

Anos mais tarde, em 1986, recebeu o diagnóstico de esclerose múltipla, uma doença degenerativa autoimune que compromete o sistema nervoso. Os sintomas o motivaram ainda mais a expandir a multinacional. Hoje, a Tramontina é uma potência mundial presente em mais de 120 países.

Em 2021, o empresário lançou sua biografia Clóvis Tramontina: Paixão Força e Coragem, que reúne memórias de sua trajetória pessoal e profissional. A obra, disponível em lojas virtuais como a Amazon e em livrarias de todo o país, retrata a visão de mundo de um homem apaixonado pela vida, que nunca se deixou abalar pelas dificuldades.

 

Foto: Divulgação

7 de junho de 2022/0 Comentários/por Kátia Bortolini
https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2022/06/O-vencedor-da-Dona-Laura.jpg 1465 2362 Kátia Bortolini https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Integracao.png Kátia Bortolini2022-06-07 15:23:532022-06-07 15:23:53Clóvis Tramontina: o homem que levou a Tramontina para o mundo
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Oscar de Freitas e a manutenção do ritmo

A imagem é esta: depois de uma visitação guiada e degustação em uma das vinícolas mais conhecidas de Bento Gonçalves, um saxofonista alto e bem-vestido passeia com os dedos entre as chaves de um sax tenor em uma naturalidade ímpar. Ao fim de algumas músicas, oferece seu trabalho encarnado em CDs à venda para os turistas, agora encantados com o som.

“Sax Tropical Volumes 1 e 2”, com músicas de mambo, cumbia e rumba, “Chorinho Só Pra Relembrar”, de nome autoexplicativo, “Músicas Românticas” com sons de bolero, chachachá e suinger, “Músicas Alegres para Dançar” e outros volumes floreados com frases como “Saber Viver é Música, Vinho e Lazer” e “Como diz o povo. O samba velho é sempre novo”. Em todos os encartes, na mesma fonte cursiva, anunciava sua autoria nas interpretações variadas: Oscar do Sax, nome artístico de Oscar de Freitas, saxofonista.

Em um verso de um dos CDs estampados com uma foto de Maria Fumaça, onde o músico também performou por anos, figura uma montagem de um saxofone junto à Pipa Pórtico, símbolo turístico da cidade. Junto, os dizeres: Bento Gonçalves, a Capital da Uva e do Vinho.

O monumento de entrada do município, escolha que demonstra apreço do músico pela cidade, ainda não estampava as boas-vindas aos turistas quando ele, jovem, colocou pela primeira vez seus pés por aqui. Sujos, em chinelos quase arrebentados depois de dias de caminhada de Encantado, onde nasceu.

Oscar acredita fervorosamente em encarar a vida sem pensar excessivamente nos riscos de ir conquistar as coisas que se busca. “Toda vez que um pensamento negativo vem sobre algo, tem que vir com os positivos por cima. Senão, a gente não sai de casa, fica parado, não faz nada”, conta.

Criado pela mãe, Oscar não tem o nome do pai na certidão de nascimento. Com sete anos, passou temporadas em casas de famílias na pequena cidade, de colonização também italiana. Na adolescência, chegou perto de passar fome por um período. “Ainda bem que tinha frutas pra salvar”, lembra sobre o local onde morou.

No quintal da casa própria que orgulhosamente pagou à vista, hoje, cuida com afinco de uma horta com ervas e hortaliças variadas. Cada uma serve para alguma coisa. O melhor anti-inflamatório tá aqui, diz e aponta para uma folha de confrei. Aprendeu tudo com a mãe, benzedeira. Era ele quem, ainda menino, ia buscar o material usado pela mãe nas rezas feitas a quem a visitava.

Trabalhou em um laticínio dos 16 aos 18, pouco antes de vir para Bento Gonçalves. Depois da difícil experiência na casa de uma das famílias onde morou, aprendeu a cicatrizar feridas e criou uma rede de apoio.

Saiu da cidade porque a música o levou. Escolheu Bento Gonçalves porque era a cidade que abrigava a Todeschini, fábrica de instrumentos musicais da época. Os primeiros acordeons do país, no Sul, mais conhecidos como as gaitas, foram produzidos pela empresa familiar na década de 1920.

Andou horas por causa da música. Saiu a pé, às 2h da madrugada. Subiu e desceu morros e chegou na cidade às 16h, depois de uma curta carona conquistada a apenas oito quilômetros do município. Às 17h30, bateu na porta da fábrica e no dia seguinte, na primeira hora, estava trabalhando na fábrica dos sonhos. “Sabia que tinha uma fábrica de gaitas aqui, então vim. Não tinha família, não tinha nada”, diz.

O contato com o instrumento não era novidade. Quando criança, improvisou e chegou a criar uma espécie de instrumento de percussão que fazia ritmo nas rodas de gaiteiros da cidade. “Era chamado para as rodas de gaita por causa disso, fazia aquele barulhinho e ficava bom e o pessoal falava: chama aquele menino lá”, conta.

Na Todeschini, vendia acordeons. “Vendi umas 40, não fiquei com nenhuma”, conta rindo. Só foi ter a primeira gaita há alguns anos, que hoje descansa em sua garagem ao lado de instrumentos variados: principalmente saxofones altos, tenor, soprano. O músico conta que nunca teve coordenação para tocar a base da gaita junto com o movimento da mão direita.

No fim, seu instrumento mesmo é o saxofone. Todos os tipos, de diferentes afinações. Estão, hoje, espalhados pelo ambiente, que carrega música: um pandeiro usado nos shows de carnaval é pendurado como quadro na parede e um trombone de aparente pouco uso descansa no canto do cômodo.

Jovem em Bento Gonçalves, o primeiro instrumento de Oscar foi um clarinete. Aprendeu duas músicas e decidiu ter aulas com um maestro que ensinou-lhe escala. Desde então, aprende música todo dia, década após década. “Música é algo que nunca se acaba de aprender. Como a vida. Sempre tem algo a mais para aprender, sempre tem muita coisa”, comenta o músico, hoje com 76 anos de idade.

Do clarinete, escolheu o sax tenor pela afinação similar em si bemol.

Nunca pensou em parar de trabalhar para viver da música e, aos amigos com essa ideia, buscava desencorajar. A falta de valorização dos artistas é um fator ressaltado, mas ainda não se contentava com o cargo de empregado quando não estava fazendo o que mais ama fazer.

Com 23 anos apenas, largou um emprego como mecânico na Aurora para, junto com colegas, abrir o próprio negócio. Sua empresa de solda chegou a ganhar o título de maior compradora de aço do Rio Grande do Sul. “330 toneladas de aço em um ano”, comenta. “Mas não adianta ganhar dinheiro e não ter vida. É melhor ter pouco, mas viver melhor”, diz o músico ao falar, convencido, de que os últimos 20 anos da sua vida, logo após o fechamento da empresa, foram os melhores. Vida em paz.

Empreendedor, construía a vida na cidade: integrava a banda municipal e logo formou seu próprio grupo. A banda, antenada à década em que surgiu, batizada com nome em inglês.

Oscar lembra que foi um dos primeiros da cidade a ter um aparelho de rádio, único local possível para escutar referências. Chico Buarque de Hollanda, Gilberto Gil e outros expoentes da música brasileira despontavam nessa época. “Estava à toa na vida, o meu amor me chamou”, cantarolou relembrando uma delas, sucesso de Chico. Depois de quatro meses ouvindo na rádio quando tocava o som, a banda já a levava para os palcos de shows em Bento. Tirava tudo no ouvido. Seu grupo era pioneiro na cidade e Oscar tem orgulho disso.

Para além do eixo Rio-São Paulo, sintonizava nas ondas de música caribenha. À semelhança da criação do gênero musical paraense como “guitarrada”, escutava as batidas advindas da América Central e se inspirava nos arranjos para apresentação no interior da Serra Gaúcha, onde a música era, à época, limitada às cantigas italianas vindas de outro continente.

Fotos em eventos carnavalescos não cessam. Aponta nelas alguns companheiros que faziam som junto com ele. Uns ainda aqui, outros que já se foram.

Oscar gosta de samba, tango, cumbia. Diz ser possível transformar, com uso do ritmo da síncope, qualquer melodia em música brasileira, latino-americana. Se adapta, sempre.

Nos saxofones, o faz também. Oscar mostra as adaptações nas chaves e peças de posicionamento dos dedos que julgar necessário para o manuseio. Conserta os instrumentos de mecânica complexa, troca posições de notas e entende as diferenças de sonoridade.

Um fabricado na década de 1950, feito ainda para segurá-lo de forma curvada (algo do passado para quem toca saxofone hoje), foi um deles. Por ser leve, é o escolhido por Oscar na hora de tocar. Uma dor na cervical o fez colocar um lindo Yamaha dourado à venda. Prioriza, atualmente, o uso de saxofones altos, mais agudos, pequenos e leves. O que é mais difícil vender são os tantos CDs e pendrives de músicas encaixotados que, desde o advento da pandemia, ficaram estocados em casa.

Oscar encara a realidade com firmeza e faz o melhor que dá diante das condições, sempre foi assim. A realidade bate na porta e as vendas podem não ser tão boas. Mas não pretende entrar no Spotify, diz. Idade já foi. Idade trouxe também uma fraqueza ao corpo que, segundo o músico, se abala mais com “mau olhado”.

O músico dava conta de terminar o turno na vinícola com momentos de pausa para meditação. Hoje, sem muitos trabalhos fora, treina pouco. É uma hora por dia, relembrando canções na garagem. E as melodias há muito não lidas demoram um pouco para encaixar no movimento dos dedos. “Mas o incrível é que elas vêm, em algum lugar da cabeça ainda ficam, mesmo depois de muitos anos”, diz.

Aos iniciantes na música e no sax, Oscar tem as palavras treinadas na resposta: não pare, porque quem para na música, provavelmente vai se arrepender depois. É preciso manter o ritmo do caminhar, na música, na vida. Oscar toca e não parece lutar contra o tempo, integra-se a ele. Manutenção do ritmo.

POR JÚLIA BEATRIZ DE FREITAS

CRÉDITO FOTO: Júlia Beatriz de Freitas

21 de março de 2022/0 Comentários/por dbwebsitesbg
https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2022/03/oscar-freitas.jpg 671 1080 dbwebsitesbg https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Integracao.png dbwebsitesbg2022-03-21 21:25:012022-03-21 21:25:01Oscar de Freitas e a manutenção do ritmo
Cultura e Entretenimento

Livro “Laços Patrimoniais: Construindo um Inventário Colaborativo para Bento Gonçalves” será lançado oficialmente nesta quinta-feira

Na ultima quinta-feira (17), ocorreu às 19h, no Museu do Imigrante, o lançamento oficial do livro “Laços Patrimoniais: Construindo um Inventário Colaborativo para Bento Gonçalves”. Na ocasião também foi apresentada a versão em braile.
De acordo com a museóloga Deise Formolo o plano de acesso ao projeto é de atingir o máximo possível de públicos. “Desde sempre queríamos formatar um planejamento de comunicação que pudesse abranger o maior número possível de acesso. Por isso, a necessidade de disponibilizar em mídias digitais e físicas em braile, pois queremos que a história dos patrimônios edificados seja compartilhada por todos. Ela fala a todos nós”.

Nesta semana, a equipe do Museu do Imigrante iniciou a entrega do livro em Braile para as 40 instituições e entidades que contam com a Sala de Recursos estruturada e ativa. A transcrição, tradução e impressão foi realizada pela Inclusiva Educativa, de Porto Alegre. Também, o projeto está disponibilizando 125 unidades do Jogo Trunfo do Patrimônio.

Já o livro físico tem a tiragem de 200 exemplares e está sendo concedido a diversas entidades e instituições como escolares, acadêmicas, históricas, entre outras.“Laços Patrimoniais: construindo um inventário colaborativo para Bento Gonçalves” configura-se em um projeto de educação patrimonial, selecionado no Edital SEDAC nº 01/2019 “FAC Educação Patrimonial”, com financiamento de R$ 50 mil (cinquenta mil reais) pela Secretaria de Estado da Cultura e contrapartida de R$ 20 mil (vinte mil reais) da Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves.
A equipe principal do projeto é composta por servidoras da Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves: Secretaria de Cultura – Museu do Imigrante, Secretaria Municipal de Educação, representantes do curso de Arquitetura da Universidade de Caxias do Sul, um fotógrafo e um historiador, ambos contratados, bem como parcerias com o Conselho Municipal de Políticas Culturais, Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural e Conselho Municipal dos Povos Tradicionais de Matriz Africana.

Imagem: museu do imigrante

17 de março de 2022/0 Comentários/por dbwebsitesbg
https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2022/03/download-1.jpg 672 1080 dbwebsitesbg https://www.integracaodaserra.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Integracao.png dbwebsitesbg2022-03-17 22:38:572022-03-18 14:52:00Livro “Laços Patrimoniais: Construindo um Inventário Colaborativo para Bento Gonçalves” será lançado oficialmente nesta quinta-feira
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DESTAQUES DO DIA

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