“A cidadania italiana não deve ser vista apenas como um passaporte. A posse do documento implica também em deveres, entre eles votar”. A afirmação é da especialista em Cidadania Italiana, Neusa Zoldan. Ela ressalta que o Governo Italiano se baseia em votos de eleitores residentes no exterior para avaliar a representatividade e prestação de serviços dos Consulados e as demandas desses cidadãos. “Além disso, quem tem passaporte italiano, deve registrar mudança de endereço, de estado civil e de nascimento de filhos no cadastro AIRE, existente nos sites dos consulados italianos das circunscrições. O cadastro também pode ser usado para informar sobre óbitos”, explica ela.
Neusa ressalta que o direito ao voto, dado pelo Governo Italiano a quem tem cidadania é especial. Acrescenta que essas pessoas devem ver esse documento como uma forma de ajudar a manter a cultura italiana nos vários países do mundo que, no final do século 19, receberam levas de imigrantes.
O próximo dia 22 é a data máxima de entrega de votos de pessoas com cidadania italiana, residentes no Rio Grande do Sul e em outros estados do País, nos consulados italianos.
A votação elegerá candidatos à Câmara e ao Senado, representantes da América e de outros continentes.
Eleitores com cidadania italiana são convidados a participar do pleito por correspondência. As cédulas de votação chegaram pelo Correio, com devolução gratuita.
Foto: Neusa Zoldan – Arquivo Pessoal