Diretoria liderada por Mônica Mattia foi aclamada nesta terça-feira, 9, para liderar a entidade no biênio 2026-2027
Presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento da Serra (Corede Serra) em duas gestões, a economista Monica Beatriz Mattia está de volta ao cargo. Ela foi aclamada nesta terça-feira, dia 9, pela comunidade regional em assembleia geral ordinária para dirigir o órgão para o biênio 2026/2027. Junto com ela, também foi empossada a diretoria executiva que assumirá a gestão do Corede Serra a partir do próximo ano, bem como os membros do conselho fiscal – veja a relação abaixo. Nos próximos dias, também será validada a composição do Conselho de Representantes.
A presidente eleita assumiu o comando da entidade anunciando que sua terceira – e última – gestão será marcada pela integração institucional, pelo planejamento regional qualificado e pelo uso estratégico de dados e inteligência artificial para orientar políticas públicas. Ao destacar que o Corede Serra representa a terceira região do Rio Grande do Sul em arrecadação de ICMS, com R$ 4,7 bilhões, Mônica afirmou que a força econômica e institucional da Serra ainda não se traduz na articulação necessária entre prefeituras, setores produtivos e entidades regionais. “Somos uma das regiões mais desenvolvidas do Estado, mas ainda trabalhamos de forma fragmentada. É hora de construir uma ação coletiva permanente”, declarou Monica, que foi presidente do Corede Serra entre 2020 e 2023.
Entre os eixos prioritários, a presidente ressaltou a retomada de debates regionais estruturantes, indo além das discussões restritas à consulta popular. Para isso, apresentou uma série de comissões temáticas que atuarão em frentes consideradas essenciais para o futuro da região. Uma delas, dedicada à Avaliação de Indicadores de Desenvolvimento com uso de Inteligência Artificial, buscará transformar o grande volume de dados disponíveis em saúde, educação e economia em ferramentas práticas para gestores públicos. Outras comissões abordarão turismo regional integrado, planejamento da longevidade, Consulta Popular, avaliação da economia da Serra, mobilidade e inovação urbana, transição energética e agenda social, com o objetivo de qualificar decisões e antecipar transformações demográficas, tecnológicas e produtivas.
Durante a assembleia, o agora ex-presidente do Corede Serra, Evaldo Kuiava, aproveitou para apresentar um balanço de sua gestão à frente da entidade nos anos de 2024 e 2025. No discurso, ele destacou a adoção de novos critérios de avaliação de projetos, a busca por iniciativas de longo prazo e a necessidade de uma visão regional articulada, independentemente de partidos políticos. Sua gestão definiu premissas rígidas para seleção das propostas, como impacto regional, viabilidade técnica e econômica, apoio dos prefeitos, tempo de retorno e capacidade real de execução. “Assim, projetos sem aderência às premissas eram descartados logo no início, evitando desperdício de tempo e de recursos”, disse.
Ele também destacou os projetos aprovados na Consulta Popular, cujas propostas representaram impacto direto na região, como o Centro de Referência à Pessoa Idosa e o Fortalecimento do APL do Basalto. “Esses projetos deixam legado. Não são iniciativas que acabam quando termina o recurso. São sementes que continuarão crescendo na Serra”, opinou. Kuiava ainda lembrou da participação ativa do Corede na negociação de pautas regionais com o governo, da audiência pública no Parlamento sobre gestão de resíduos sólidos, do fortalecimento do Observatório do Turismo e do apoio para a consolidação do roteiro de enoturismo Encosta do Vinho, entre tantas outras. “Diante das condições que tínhamos, trabalhamos muito e nos esforçamos ao máximo. Obrigado a todos que estiveram conosco, diretoria, prefeitos, delegados, entidades e empreendedores”, comentou.
A assembleia foi acompanhada por prefeitos e representantes municipais, além de instituições parceiras e membros da sociedade civil. O prefeito de Veranópolis, Cristiano Dal Pai, agora vice-presidente do Corede e no ato representando a Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne), destacou a importância da integração regional e o fortalecimento institucional do Corede Serra. “Ninguém cresce sozinho. Precisamos pensar em ações coletivas para que a região avance”, disse. O reitor da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Gelson Rech, destacou o compromisso histórico da instituição com o desenvolvimento regional e lembrou que a universidade mantém há anos a sede do Corede em suas dependências, subsidia a secretaria e cede professores e horas de trabalho para apoiar projetos estratégicos. “A UCS é uma universidade comunitária, sem dono, criada para desenvolver a região. E, por isso, o Corede sempre encontrará em nós um parceiro”, afirmou.
Diretoria executiva para o biênio 2026/2027
Presidente: Monica Beatriz Mattia (UCS)
1º Vice-Presidente: Cristiano Dal Pai (Prefeitura de Veranópolis)
2º Vice-presidente: Volmir Rech (Prefeitura de São Marcos)
3º Vice-presidente: Ruben Bisi (Simecs)
1º Secretário: Gilberto Galafassi (Associação Caminhos de Caravaggio)
2º Secretário: Bruna Tres (Prefeitura de Cotiporã)
3º Secretário: Camila Turmina (APL do Basalto)
1º Tesoureiro: Gilberto Bonatto (Emater Regional de Caxias do Sul)
2º Tesoureiro: Itamar Girardi (Prefeitura de Protásio Alves)
3º Tesoureiro: Sibelle Pitt Camana (Encosta do Vinho)
Conselho Fiscal
Titulares: Flori Cesar Peccin (CICS Farroupilha), Rudimar Caberlon (Cisga) e Rosecler Maschio (CIC Nova Prata)
Suplentes: Everson Marangon (Fervi), Marcelo Broillo (Prefeitura de Farroupilha) e Leandro Batistella (Prefeitura de União de Serra)
Legenda: Monica Mattia está à frente da diretoria da gestão 2026-2027 do Corede Serra
Crédito: Exata Comunicação, Tiago Garziera




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