Cooperativa Vinícola Garibaldi apresenta rótulos da safra 2025

Vinhos e espumantes evidenciam excelente padrão de maturação e sanidade da última vindima

A safra 2025 foi celebrada pela boa produtividade após a colheita do ano anterior ter sofrido uma quebra de 35%. Junto aos 28,5 milhões de quilos colhidos neste ano, a Cooperativa Vinícola Garibaldi comemorou, além de uma safra quantitativa, uma vindima rica em qualidades.

Uvas com excelente padrão de maturação e sanidade se transformaram, após a vinificação, na nova safra dos rótulos da marca. Ao todo, são seis produtos já engarrafados e com o emblema da Safra 2025, incluindo a nova edição do exclusivo vinho Garibaldi VG Pálava, lançado ano passado, e do espumante Garibaldi Floratta Rosé, uma das principais novidades do portfólio para este ano.

No mix, ainda estão os vinhos Garibaldi Sauvignon Blanc, Garibaldi Chardonnay e Granja União Riesling – todos brancos –, além do espumante Garibaldi Prosecco – veja mais sobre cada um deles abaixo. Todos eles expressam o compromisso dos mais de 470 cooperados em cultivar as uvas que são o princípio da qualidade dos vinhos tranquilos e borbulhantes da marca, reconhecidos em todo o mundo – só neste ano foram 16 medalhas.

São famílias que carregam a cultura vitivinícola herdada dos imigrantes italianos, como tratou de lembrar o presidente da Cooperativa Vinícola Garibaldi, Oscar Ló. “Essa herança vive em nós toda vez que cultivamos uma videira. Que colhemos a uva e que dela fazemos nossos vinhos e espumantes. Essa herança vive toda vez que conquistamos reconhecimentos pela qualidade de nossos rótulos, trazendo excelência à viticultura que aprendemos com nossos antepassados, que transformamos em vocação e propósito de vida. Essa herança vive cada vez que brindamos a alegria de estarmos juntos”, disse Ló.

Espumante Garibaldi Floratta Rosé

Um dos principais lançamentos de 2025, esse espumante doce e aromático traz para a taça a conexão entre homem e natureza, inspirada no conceito do renascimento, designado pelo termo italiano que nomina a bebida. Elaborado a partir de duas variedades de uvas da família Moscato – de Alexandria, branca, e de Hamburgo, tinta, responsável pela coloração rosa blush e as notas de frutas vermelhas –, o Floratta tem protocolo de vinificação baseado em uma única fermentação, o que ajuda a preservar os aromas frescos e frutados das uvas. “É um produto jovem, no qual buscamos como principal característica o equilíbrio entre açúcares e acidez. A ideia foi termos um espumante bem equilibrado, de bom frescor e de boa tipicidade, além de baixo teor alcoólico, atendendo a esse público e mercado em crescimento”, observa o enólogo da cooperativa Ricardo Morari. Além dos aromas de frutas vermelhas – cereja e framboesa –, há um toque de mel. Em boca, é delicado e cremoso, com acidez equilibrada e refrescante.

Harmonização: Sugere-se combinar a sobremesas, como frutas em calda, sorvetes e bolos. Mas também é indicado com entradinhas como canapés, queijos e patês, além de frutas frescas.

Preço sugerido: R$ 37,00

Vinho Garibaldi VG Pálava

Sucesso de público e de crítica, esse vinho pioneiro no mercado nacional, lançado ano passado, volta às gôndolas em uma versão 2025 ainda mais surpreendente. “Neste ano, com uma área maior de vinhedos, conseguimos não apenas elaborar um volume maior desse vinho, como também, com uma condição climática mais favorável, maturá-lo um pouco mais. Com isso, conseguimos uma intensidade aromática ainda maior, preservando as características do primeiro Pálava, mas com muito mais intensidade”, explica Morari. O varietal, resultado direto do vinhedo experimental mantido pela cooperativa na busca por novas cepas adaptadas ao terroir local, reforçou a tradição da marca em apresentar novidades aos consumidores. A cooperativa é a única vinícola brasileira a elaborar esse vinho, cujas uvas são originárias da República Tcheca. Uma ousadia premiada com medalha de ouro no ano passado no concurso argentino La Mujer Elige, em Mendoza. A segunda edição desse vinho, de coloração amarelo palha e alta complexidade aromática, mantém a jovialidade do antecessor. “Mesmo com mais maturação, o frescor foi preservado, com muita característica varietal”, diz Morari, destacando os aromas que lembram tutti-frutti e um toque floral intenso. No paladar, é elegante e refrescante, apresentando corpo, álcool e acidez moderados e em completa harmonia, resultando em um retrogosto intenso e persistente.

Harmonização: A indicação é combinar a pratos marcantes, que utilizam especiarias como curry, destacando as culinárias asiática e tailandesa. Também vai muito bem com pratos agridoces como costelinha suína com abacaxi ou ave recheada com frutas secas. Outro destaque é com frutos do mar.

Preço sugerido: R$ 109,00

Espumante Garibaldi Prosecco

Condecorado do Chile à Grécia, o espumante Garibaldi Prosecco já está no mercado em sua versão safra 2025. Como é tradição na cooperativa, esse é um dos primeiros produtos a serem vinificados, tão logo as uvas Prosecco cheguem à vinícola. “Assim que começamos a recebê-las, damos início à elaboração do vinho-base para, em seguida, fazer a tomada de espumante. Assim, conseguimos ter um espumante Prosecco com características bem joviais, sempre buscando manter o grande potencial dessa uva, que é o frescor, a jovilidade”, explica Morari. Elaborado pelo método Charmat, com a segunda fermentação ocorrendo em tanques pressurizados, esse espumante apresenta coloração amarelo palha com ótima formação de perlage. No olfato, destacam-se notas de pera e marmelo, além de um toque de limão, enquanto o paladar apresenta-se delicado e cremoso, com acidez equilibrada e refrescante.

Harmonização: Combina com canapés, saladas, sopas cremosas, peixes leves, frutos do mar e queijos.

Preço sugerido: R$ 37,00

Vinho Garibaldi Sauvignon Blanc

Assim como o Pálava, esse é outro vinho que atingiu uma maturação superior, resultado de uma técnica comum para a produção de uvas de mesa, mas pouco utilizada no caso de uvas viníferas. O Sauvignon Blanc da cooperativa foi elaborado com uvas colhidas de um vinhedo com cobertura plástica. “A maturação obtida é muito interessante do ponto de vista de preservação de frescor e de potencial alcoólico”, analisa o enólogo da cooperativa. Para ele, a nova edição desse vinho branco se destaca pelo frescor e pela alta intensidade aromática, reforçando aromas bem característicos e típicos do Sauvignon Blanc. “Ele mescla um pouco de aromas vegetais, como broto de tomate e algo da arruda, com frutas tropicais. Tem uma presença bastante intensa de maracujá e goiaba, então é um vinho que surpreende por sua intensidade aromática e por seu equilíbrio”, opina Morari. Visualmente, o vinho apresenta coloração amarelo delicada com tons esverdeados. Em boca, há acidez equilibrada, bom frescor e persistência. Lançado no mercado em 2023, foi premiado com medalha de ouro ano passado, no concurso argentino La Mujer Elige, em Mendoza.

Harmonização: Queijos de média maturação apresentam ótima combinação, assim como carnes brancas de aves e peixes, além de comida oriental.

Preço sugerido: R$ 42,00

Vinho Garibaldi Chardonnay

Clássico, esse exemplar chega marcado por suas características de jovialidade, intensidade aromática e frescor. Do mesmo modo que o Sauvignon Blanc, a edição 2025 do vinho que representa a rainha das uvas brancas teve a matéria-prima oriunda de um único vinhedo, também protegido, localizado em Farroupilha. Para Morari, esse vinho apresenta uma intensidade aromática que chama a atenção. “Preservamos muitos aromas frutado, de fruta fresca, principalmente de pera, com algumas notas de abacaxi e fruta cítrica”, avalia. Outra questão importante trabalhada pela cooperativa na elaboração desse vinho é a proteção contra a oxidação, que ocorre em ambiente redutivo – protegido do contato com oxigênio, sem passagem por carvalho. “Dessa forma, é um vinho que preserva bastante sua característica jovial”, atesta Morari. O Garibaldi Chardonnay apresenta cor amarelo palha e tem paladar leve e jovem.

Harmonização: Aposte em entradas como canapés e aperitivos, e sai muito bem também com peixes gordurosos, aves, queijos, frios, patês, risotos e massas com molhos leves.

Preço sugerido: R$ 42,00

Vinho Granja União Riesling

Outro vinho branco apresentado da safra 2025, esse rótulo carrega a histórica marca Granja União, administrada pela cooperativa e responsável por elaborar o primeiro vinho varietal do país. Os vinhos dessa linha se caracterizam por serem jovens e macios, a versão 2025 do Riesling Itálico não foge disso. “É um vinho jovem, com aromas intensos e paladar equilibrado”, diz Morari. Parte disso vem dos processos de vinificação escolhidos. O enólogo explica que a fermentação do vinho ocorreu a baixa temperatura e com proteção de oxidação. Mesmo não sendo um varietal da categoria dos aromáticos, esse Riesling guarda uma intensidade aromática bastante alta. “Temos notas de frutas cítricas, principalmente, e alguns toques florais”, comenta Morari. De visual amarelo palha, reflexos esverdeados e aspecto límpido, esse vinho tem paladar leve e delicado, com acidez equilibrada e um toque mineral. Para Morari, o Granja União também se destaca pela regularidade alta mesmo diante das diferentes safras. “É um vinho que surpreende muito pela sua relação custo-benefício. Nesta safra, tivemos uma safra favorável à maturação e com boa amplitude térmica. Conseguimos colher uma uva com maturação adequada, preservando sua acidez natural com bom frescor e boa tipicidade”, pontua Morari. Destacando também que em 2024 esse exemplar do portfólio da Garibaldi ficou entre as 16 amostras da Avaliação Nacional de Vinhos, promovida pela ABE – Associação Brasileira de Enologia.

Harmonização: Indicado com canapés, saladas, peixes crus ou cozidos, aves, queijos, risotos e massas com molhos leve.

Preço sugerido: R$ 27,00

Vinícola Aurora promove degustação harmonizada no mês dos namorados

  • Programação especial ocorre nos dias 7, 14 e 21 de junho, e reforça as experiências imersivas e sensoriais no enoturismo da cooperativa, que já registra crescimento de 27% em 2025. As vagas são limitadas

    O mês dos namorados tem os aromas e os sabores de momentos especiais. E a Cooperativa Vinícola Aurora preparou uma experiência romântica e sensorial para casais que desejam brindar o amor em grande estilo. Nos dias 7, 14 e 21 de junho, a vinícola promove degustações exclusivas de vinhos harmonizados com queijos artesanais da região.

    Cada sessão conta com uma seleção de rótulos premiados da Aurora, que inclui o Pinto Bandeira Pinot Noir, Pinto Bandeira Riesling Itálico, Pequenas Partilhas Cabernet Franc e o Gioia Merlot D.O. Vale dos Vinhedos. Os vinhos serão combinados com queijos locais, incluindo colonial, Fontina, Gouda e parmesão. Um dos destaques é a harmonização por contraste entre o Colheita Tardia e queijo parmesão.

    Durante a experiência, os casais farão uma imersão no universo da harmonização e serão presenteados com uma taça personalizada da Aurora, tornando o momento ainda mais memorável. As vagas são limitadas e as reservas devem ser feitas pelo WhatsApp (54) 9.9134.5916. O investimento é de R$ 90 por pessoa.

    Para a gerente de Turismo da Cooperativa Vinícola Aurora, Ana Maria de Paris Possamai, esta nova experiência veio atender os anseios do público e incrementar ainda mais o movimento durante o mês de junho. Ela acrescenta que o objetivo é proporcionar uma experiência para ser apreciada e vivenciada tanto por casais que visitam a região como por moradores da Serra Gaúcha.

    “A degustação harmonizada de vinhos e queijos marca o retorno de ações cada vez mais imersivas dentro das experiências disponíveis no enoturismo da cooperativa. Os roteiros mais bem avaliados são aqueles que ofereceram um atendimento próximo, detalhado e sensorial. Isso motivou a criação de serviços especiais, que agora fazem parte da programação regular da Aurora”, explica.

    Todas as experiências oferecidas pela Aurora podem ser realizadas por particulares e também grupos, basta realizar o agendamento prévio.

    Crescimento e inovação no enoturismo

    O setor de enoturismo da Aurora vem demonstrando recuperação e crescimento após um 2024 desafiador, impactado diretamente pelas enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul. O período de baixa foi aproveitado para modernização dos espaços e capacitação das equipes.

    De acordo com Ana, os resultados de 2025 já são animadores e a expectativa é de expansão no enoturismo, com um público cada vez mais diversificado.

    Nos primeiros 4 meses deste ano registramos um crescimento de 27% no número de visitantes em comparação com o mesmo período de 2024. A expectativa é de encerrar o ano com um novo recorde. Também notamos um aumento significativo de jovens e casais, além de um aumento expressivo no número de turistas internacionais, especialmente da América Latina, como Argentina, Paraguai e Uruguai”, destaca.

    SERVIÇO
    O que:
    degustação de vinhos harmonizados com queijos

    Quando: 7, 14 e 21 de junho de 2025 (sábados), sempre às 10h
    Onde: Cooperativa Vinícola Aurora (Rua Olavo Bilac, 500 – Cidade Alta – Bento Gonçalves/RS)
    Valor: R$ 90 por pessoa
    Inclui: degustação guiada com harmonização de vinhos e queijos artesanais, brinde especial e taça personalizada

Região Sul tem 8,1% das empresas inadimplentes

Federação Varejista do RS traz levantamento da CNDL e do SPC Brasil mostrando que Estados sulistas estão acima da média nacional

O número de empresas inadimplentes na Região Sul do país cresceu 8,1%, aponta levantamento apresentado pela Federação Varejista do RS, a partir de dados informados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O estudo tem por base o período entre março de 2024 e o mesmo mês deste ano. A marca é a segunda pior do país. Rio Grande do Sul, Santa Cataria e Paraná só ficaram atrás dos Estados do Centro-Oeste, onde o índice de pessoas jurídicas devendo alcançou 14,61%. O Nordeste tem a melhor marca, com apenas 4,62% das empresas com algum tipo de débito.

O crescimento dos estabelecimentos com dívidas nos três Estados sulistas também está acima da média nacional em pouco mais de meio ponto percentual. No Brasil, o índice ficou em 7,57%. A Região Sul também liderou o maior crescimento de inadimplentes observado em março, mês que registrou os piores indicadores do primeiro trimestre deste ano.  Enquanto a média nacional foi de 2,11%, os Estados mais meridionais cresceram 2,66% no quesito, acima até mesmo do Centro-Oeste, o segundo pior, que teve margem de 2,28%.

“Há muito tempo o SPC Brasil monitora o endividamento de CPFs e CNPJs, e normalmente os indicadores têm uma linha de crescimento que é orgânica, atrelada ao número da população ou de abertura de empresas. Porém, há cerca de três anos, estamos verificando um descolamento dessa curva progressiva de endividamento superior ao patamar orgânico”, explica o presidente da Federação Varejista, Ivonei Pioner.

Fatores pontuais como as enchentes que acometeram o RS em maio de 2024 contribuem para o agravamento do cenário. “O endividamento das empresas preocupa porque, depois que elas se tornam deficitárias, acabam encontrando inúmeros problemas para a tomada de crédito e expansão”, destaca. A elevação da inadimplência gaúcha em níveis superiores à média nacional é visto com gravidade pela entidade. “Esse cenário nos mobiliza para lutar ainda mais fortemente junto ao governo por negociações de dívidas facilitadas, condições melhoradas para quem está devendo ou mesmo busca de concessão de crédito, e até mesmo de valores junto às instituições financeiras subsidiados ou pelo menos com uma taxa favorável para que haja uma recuperação dessas empresas. A Federação Varejista tem articulado junto aos órgãos competentes para que a economia gaúcha continue girando de forma pujante. Cso contrário, a retração de mercado vai complicar ainda mais e trazer um endividamento ainda maior desses CNPJs comprometidos”, alerta.

 

Cenário macro

De acordo com o levantamento da CNDL e do SPC, o país registrou um aumento de 51,17% na inclusão de empresas com tempo de inadimplência de 3 a 4 anos, em relação a março de 2024. Do total das empresas devedoras, 40,31% têm tempo de inadimplência de 1 a 3 anos. Segundo o estudo, ainda, a maior parte das empresas inadimplentes são do setor de serviços, responsáveis por quase 75% do total. Já o agro tem a menor fatia entre os segmentos que estão devendo. O recuo no mês de março, embora o menor do primeiro trimestre, foi de -8,80%.

Legenda: Inadimplência em empresas preocupa

Crédito: freepik

Conjunto de ações ambientais promove sustentabilidade da Cooperativa Vinícola Garibaldi

Práticas são fundamentais para a perenidade do negócio em meio aos atuais desafios climáticos

 

Para quem tem seu negócio conectado à agricultura, o meio ambiente é fundamental. Cuidar dele, portanto, é um compromisso para a Cooperativa Vinícola Garibaldi – não apenas para o contínuo exercício de sua atividade como também para sua sustentabilidade. As práticas ambientais ganham evidência em datas de conscientização, como Dia do Meio Ambiente, lembrado em 05 de junho, e fazem parte do modo de fazer da cooperativa em todos os setores, desde o administrativo até o campo. A coleta seletiva está presente tanto na fábrica quanto nos escritórios, com lixeiras específicas para cada tipo de resíduo. Todos os resíduos industriais sólidos são segregados de acordo com a respectiva categoria. Vidro, plástico e papelão são armazenados em separado para, depois, serem destinados a centrais de recebimento licenciadas, para o devido processamento, cumprindo também as exigências da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Nesse sentido, a cooperativa mantém parceria com a Associação de Logística Reversa (Aslore), estando em conformidade com a logística reversa de embalagens, que prevê o recolhimento e a destinação dos recipientes dos produtos colocados no mercado.

É durante a safra, entre janeiro e março, que a cooperativa lida com um grande volume de resíduos. Neste ano, foram gerados 3,74 milhões de quilos de resíduos referentes ao processamento dos 28,2 milhões de quilos de uva recebidos. Isso representa pouco mais de 13% do volume total, sendo 3,15 milhões de quilos de bagaço (casca e sementes) e 590 mil quilos de engaço (parte lenhosa do cacho). Todo esse material é reaproveitado, sendo destinado para uma central de compostagem, para fazer parte de um novo ciclo produtivo. “Esses resíduos biológicos são trabalhados por cerca de dois a três anos até que se tornem adubo orgânico para serem utilizados nos vinhedos de nossos cooperados. Estamos caminhando fortemente em busca dessa economia circular”, comenta o gerente técnico e enólogo Ricardo Morari, ressaltando que cerca de 50% dos nutrientes que a videira necessita para produzir permanecem nesses componentes da uva que seriam descartados. “Ele vai dar conta de pelo menos metade da necessidade da planta quando retornar ao vinhedo. Já estamos com algumas áreas de teste com esse adubo, e a ideia é que no futuro 100% do resíduo retorne como adubo para os vinhedos”, completa.

Outra frente de atuação é voltada à economia dos recursos naturais. Os resíduos líquidos decorrentes dos processos industriais são tratados numa estação de tratamento de efluentes própria. Essas águas residuais passam por tratamento anaeróbico e aeróbico e, ao final, por um tratamento físico-químico. “Dessa forma, atingimos em definitivo os padrões de lançamento no meio ambiente, mas em torno de 50% dessa água tratada retorna para uso em alguns processos industriais, como nas torres de refrigeração. Com isso, conseguimos reduzir a captação de água potável”, diz Morari. A cooperativa também adotou outras ações para ampliar o cuidado com as questões ambientais. Ano após ano, ela está aumentando o volume de embalagens de vidro mais leves para seus produtos. Em 2024, quase 11% do total de garrafas utilizadas foi desse tipo, ajudando na redução das emissões de CO2. “Ambientalmente é muito melhor, reduzindo a pegada de carbono. Estamos trabalhando com o nosso fornecedor de garrafas para chegarmos a praticamente 20% do total das nossas embalagens com esse tipo de produto”, diz Morari. Nesse sentido, ainda, a cooperativa substituiu o óleo nas caldeiras por gás natural e tem comprado energia elétrica do mercado livre, o que garante a emissão de um certificado próprio de energia renovável, além de já contar com um sistema de placas solares para compensar a energia consumida na fábrica, reduzindo a emissão de gases.

No campo, o empenho é o mesmo. Um dos esforços está em reduzir o uso de defensivos agrícolas. A cooperativa oferece a regulagem de pulverizadores. Anualmente, 85% desses equipamentos, que ficam acoplados aos tratores, passam por um processo de precisão. “Quanto melhor regulado estiver, melhor será a pulverização, com um uso mais racional dos defensivos, de modo a também proteger os vinhedos”, observa Morari. A produção de uvas orgânicas e biodinâmicas é outra atividade em curso há anos na cooperativa, sendo uma das pioneiras nesse tipo de cultivo. As linhas Astral e Da Casa respondem pelos produtos oriundos dessas uvas cujo cultivo leva em consideração também fatores astronômicos da agricultura biodinâmica, com suco, espumante e vinho de mesa. “Isso é importante para a conscientização de todos os cooperados”. Além disso, há experimentos com variedades mais resistentes num vinhedo, buscando cepas que melhor se adaptem às condições climáticas e possam ser cultivadas com menor uso de defensivos. “Fazemos ainda microvinificações para avaliar o potencial enológico dessas variedades”, reforça.

Ainda no campo, a cooperativa possui uma alta taxa de cooperados certificados pelo programa Local GAP de boas práticas de produção agrícola, alcançando 92% das famílias produtoras. Alguns desses viticultores já estão avançando para uma nova etapa, o Global GAP, ainda mais restritivo.

O cuidado com o meio ambiente também está presente na compra de equipamentos. Antes de efetivar a aquisição, a cooperativa se certifica de que as máquinas operem com energia limpa e não gerem novos resíduos. “Optamos por aquelas que fazem processos físicos que eliminem resíduos”, constata. Faz todo sentido esse tipo de conceito para uma vinícola como a Garibaldi. “Estamos inseridos em um tipo de indústria que depende muito da natureza, então, sabemos que qualquer impacto ambiental que for causado pode ser, em algum momento, prejudicial ao nosso negócio e às futuras gerações”, avalia Morari.